Confesso:
Escrevo poemas
até em papel de pão,
escrevo com giz no chão,
poemas de dentro,
crio, invento, recrio,
dou corda à alma, recreio.
Com as penas das tuas asas
persigo meu intento, realizo
assim afoito, livre, leve e solto
adivinho a sorte, de sentinela
ao abrir papel ao vento no realejo...
Escrevo sem laços ou algemas,
sem cabrestos nem celas,
nem gaiolas, fojos ou alçapão.
E por falar em penas,
ensaio voo rasante
só pra chegar ao céu
da tua boca ardente.
Sei que há pássaros raros
libertos em meu peito
São assim feito poemas
abertos num livro divino
escrito para seres humanos...
Na dança de Deus, canto em êxtase
e tiro Deus pra dançar junto.
Sou a palavra cantada, toada ao luar,
divina cena, espetáculo ao vivo
no palco de mover o mundo
de todos os lados e telas.
Eu faço poemas nas nuvens,
danço com nimbos,
faço chover e estio.
Danço com a lua e suas pratas,
louco e lúcido,
depois de tantos sóis,
giro o mundo
e ganho o aplauso das estrelas.
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