Moradores de Ipueira precisam fazer fila para conseguir água (Foto: Anderson Barbosa/G1) |
O Rio Grande do Norte enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos, com estiagem que já dura mais de um ano em diversos municípios. A falta de água mudou a rotina de milhares de famílias carentes do sertão, que são obrigadas a gastar boa parte do dinheiro que recebem de programas sociais – como o Bolsa Família – para poder beber, cozinhar e tomar banho.
No dia 19 de setembro, a governadora Rosalba Ciarlini decretou "situação de emergência por seca" em 150 dos 167 municípios do estado. Em novembro, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que nove municípios permanecem em colapso no abastecimento. A Caern admitiu que não tem condições de abastecer a cidade e suspendeu a emissão de faturas aos moradores.
O comércio de água é o único beneficiado. Há relatos de quem largou a profissão para vender galões e barris a moradores. O vaivém de caminhões e motocicletas adaptadas para transportar água já faz parte da paisagem há quase um ano. Quem tem cisterna também precisa gastar dinheiro para encher os reservatórios. Quem não tem improvisa com baldes e barris. Vasilhas decoram as calçadas.
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