![]() |
Robinho tem contrato até junho e terá de
repensar pedido para seguir no Santos
|
O período de bonança dos clubes brasileiros está perto de chegar ao
fim. Quem não se adequar verá sua dívida aumentar e, com isso, afastará
possíveis investidores. O fim da parceria do Fluminense com a Unimed é
sintomático. Mas está longe de ser o único caso de clube que precisará
pisar no freio em termos de salários. “Todos os clubes estão em
crise. Todos precisam buscar uma forma de adequar o salário que pagam
para os atletas. É preciso reconhecer que chegamos a um limite", disse
Raul Corrêa da Silva, diretor financeiro do Corinthians.
Salários na casa do milhão de reais não serão mais vistos no Brasil. Fred, no Fluminense,
e Julio Baptista, no Cruzeiro, estão entre os últimos que se
beneficiaram de um período "mão aberta" dos clubes. Tanto que o campeão
brasileiro precisou vender seu principal jogador na campanha do título
de 2014, Ricardo Goulart, para conseguir honrar compromissos com
Baptista.
"Hoje talvez a grande dificuldade é fazer uma grande aquisição, mas a
remuneração, direitos de imagem e salário, hoje o custo não é tão grande
como se imagina. O Fluminense já vinha mudando. Hoje, 50% do elenco é
da base, mesmo que para compor. O caminho é continuar o trabalho e
buscar o equilíbrio do elenco, de forma competitiva", disse o presidente
Peter Siemsen quando anunciou o fim da parceria.
O Grêmio é
outro clube que precisará forçar um arrocho. O clube gaúcho já se
desfez de alguns dos jogadores com salários mais altos do elenco, como
Zé Roberto, Rodriguinho e Pará. Ao todo, 10 jogadores já deixaram o
clube. Kléber "Gladiador", com salários acima dos R$ 500 mil, voltou de
empréstimo do Vasco e também está na lista de dispensa. A intenção do
clube é manter Barcos e Marcelo Moreno., porém reduzir em R$ 1,5 milhão a
folha salarial do clube.
No São Paulo,
uma pedida salarial acima do que o clube poderia pagar afastou Dudu do
clube. O atacante disse que acertaria por R$ 400 mil mensais e o time do
Morumbi se afastou. O Palmeiras pagará R$ 300 mil por mês ao jogador.
"O futebol
brasileiro não traz recursos suficientes para você segurar os
jogadores. Eu queria trazer um reforço de peso para substituir a ida do
Kaká aos Estados Unidos e eu corri, dentro dos nossos recursos, e não
consegui nenhuma estrela", disse Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente
de futebol do São Paulo.
![]() |
Robinho tem contrato até junho e terá de repensar
pedido para seguir no Santos
|
Deixar o Brasil é a saída
Jogadores com altos salários garantidos por contratos antigos precisarão buscar novos mercados para manter o mesmo patamar. Alex, meia de 32 anos do Internacional, tem salários superiores a R$ 700 mil, de acordo com o jornal Zero Hora. Seu salário impede uma renovação simples do contrato que se encerra em junho.
Jogadores com altos salários garantidos por contratos antigos precisarão buscar novos mercados para manter o mesmo patamar. Alex, meia de 32 anos do Internacional, tem salários superiores a R$ 700 mil, de acordo com o jornal Zero Hora. Seu salário impede uma renovação simples do contrato que se encerra em junho.
O
meia disse na terça-feira que não pretende assinar um pré-contrato com
outro clube e que vai esperar o Inter fechar suas negociações para a
temporada para tratar do seu contrato. Para ficar no Inter ele teria de
aceitar uma redução salarial.
Para manter o alto salário, a saída
de Alex e outros jogadores de clubes da Série A é buscar mercados mais
abastados como a China e os países do Oriente Médio. Jogadores que estão
em empréstimo de times europeus, como é o caso de Robinho, cedido pelo
Milan ao Santos,
também terão de rever suas altas pedidas. O time paulista convive com
jogadores como Arouca e Aranha que entraram na justiça por conta de
salários atrasados.
"Trabalhamos para receber, não foi culpa dessa
diretoria. Mas os erros da (diretoria) passada estão refletindo.
Ficamos tristes de perder jogadores importantes", disse Robinho. "A
gente está conversando. As conversas foram muito boas, sempre manifestei
desejo de permanecer no clube por um período mais longo. Estamos em bom
caminho, mas não tem nada certo".
O preço que mercados como o da
China pagam por jogadores brasileiros está fora da realidade dos clubes
do País. Segundo Eduardo Uram, empresário de Wellington Nem,
ex-Fluminense e hoje no Shakhtar, um time chinês ofereceu 10 milhões de
euros ao clube ucraniano pelo jogador. O São Paulo desistiu do negócio.
"Com
esses valores eu não tive possibilidade de negociar com o Wellington
Nem e fui atrás do Dudu", conta Guerreiro. O Palmeiras pagou 3,5 milhões
de euros por 50% do jogador.
Empresários de jogadores vêm notando
resistência de alguns clubes em renovar salários de mesmo patamar aos
de contratos recentes. No Corinthians, por exemplo, o presidente Mário
Gobbi rejeita renovar com Guerreiro nos valores que os empresários do
jogador estão pedindo.
Post A Comment:
0 comments:
OS COMENTÁRIOS POSTADOS AQUI SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO COMENTÁRIO.
PARA FAZER COMENTÁRIOS NO VNT:
Respeitar o outro, não conter insultos, agressões, ofensas e baixarias, caso contrário não serão aceitos.
Não usar nomes de terceiros para emitir opiniões, o uso indevido configura crime de falsidade ideológica.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.