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Alunos dos colégios Pedro II, Santo Agostinho e CAP UERJ se uniram para salvar a vida de uma professora
Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia |
Rio - Uma corrente de solidariedade uniu alunos dos colégios Pedro II, Santo Agostinho e CAP UERJ para salvar a vida de uma professora. Berta Lopez Toste, 44 anos, leciona Desenho há 20 anos, mas se afastou das salas de aulas ano passado ao descobrir um câncer agressivo na região pélvica, que não responde à radioterapia e reage pouco à quimioterapia. Para garantir que a professora faça um tratamento nos Estados Unidos, os estudantes se mobilizaram pelo Facebook e um site (ajudeberta.com.br).
O engajamento já deu resultado: dia 4 de agosto, Berta embarca para a Flórida onde fará uma consulta no Moffitt Cancer Center.
“Descobri a doença através de um exame ginecológico de rotina. O câncer já tinha dado metástase nos pulmões e não poderia mais ser retirado com cirurgia. Como a chance de exterminar esse tipo de tumor com quimioterapia é de no máximo 10%, estou buscando um tratamento alternativo com medicamentos experimentais, que ainda não existem no Brasil”, explica a professora, que nunca perde o sorriso.
O custo estimado do tratamento é de cerca de R$ 500 mil. Mas, no que depender dos ex-alunos de Berta — que está de licença médica dos três colégios — a questão financeira será solucionada. Até ontem, R$ 25 mil foram arrecadados. “Falei para a Berta que a gente só está retribuindo um pouco do carinho que ela nos deu todos esses anos. Se for preciso mobilizar o mundo para a Berta se curar, a gente vai fazer isso”, diz Gabriela Silva, 18 anos, que incentiva os colegas a ajudar.
Além dos pedidos de doação pela Internet, os ex-alunos fazem outras ações para arrecadar fundos. “Na festa junina do Pedro II do Centro, dia 18 de julho, vamos montar uma barraca para mobilizar mais pessoas para essa causa. E queremos organizar um show para agosto”, adianta Gabriela.
Coordenadora de Desenho dos colégios Pedro II e Santo Agostinho, Maria Begonha Salgado também acredita na força da corrente de solidariedade. “Essa campanha ganhou uma proporção enorme. Só para se ter uma ideia, quatro dias após o primeiro post no Facebook, já havia 15 mil
compartilhamentos. E isso só foi crescendo. A Berta é um exemplo da luta pela vida, perseverança, fé e alegria”, comenta.
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