Em pelo menos 4 casos foi confirmada a associação da microcefalia com o Zika vírus (Foto: Rede Globo) |
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) confirmou nesta terça-feira (12) associação entre o Zika vírus com a microcefalia em quatro casos no Rio Grande do Norte. A confirmação foi possível através de um exame realizado pelo Centro de Prevenção e Controle (CDC) dos Estados Unidos.
Os quatro casos são relativos a dois abortos e dois recém-nascidos falecidos com poucas horas de vida. Todos os casos foram positivos para Zika vírus usando PCR, e as amostras do cérebro dos dois recém-nascidos submetidas à análise imunohistoquímica foram positivas. Ambos apresentavam microcefalia e outras malformações.
De acordo com a investigação clínico-epidemiológica feita pela UFRN, todas as gestantes apresentaram febre e exantema (manchas vermelhas) durante a gestação.
Em relação aos casos de aborto, as amostras foram testadas para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes vírus e dengue, todas com resultados negativos.
“A investigação é resultado da cooperação internacional com o Centro de Prevenção e Controle (CDC) com o Ministério da Saúde”, informou a coordenadora da Coordenadoria de Promoção à Saúde da Sesap, Cláudia Frederico.
De acordo com a Sesap, o Rio Grande do Norte notificou, até o dia 7 de janeiro, 173 casos de microcefalia suspeitos de estarem relacionados ao Zika vírus.
Brasil tem mais de 3.500 casos suspeitos de microcefalia associada ao vírus Zika
ResponderExcluirQuarta, 13 de janeiro de 2016.
13012016_Zika_SaudeGovEm novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, agora existem 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos. As notificações foram realizadas entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. O boletim também traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência do vírus Zika. O ministério ainda investiga se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste também tem relação com o Zika.
As notificações da malformação estão distribuídas em 724 Municípios de 21 unidades da federação. O Estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão Paraíba (569), Bahia (450), do Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), de Sergipe (155), Alagoas (149), do Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).
Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Microcefalia
Porém, no dia 28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.
A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil