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Mais um dia de tensão no maior presídio do estado do RN

No VNT do NOVOJornal - 18/01/2017
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Pouco menos de 72 horas após o início do massacre que causou a morte de 26 detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz (segundo os números oficiais), em Nísia Floresta, município da Região Metropolitana de Natal, a situação ainda não estava controlada por parte do Governo do Estado. Pelo contrário. Diferente do que ocorreu na segunda-feira (16), que apresentava um clima relativamente mais tranquilo, ontem a tensão tomou conta novamente.

A agitação voltou aos pavilhões de Alcaçuz. Hoje, a maior unidade do sistema prisional potiguar entra em seu quinto dia seguido de rebelião. Por volta das 10h de ontem, quando a reportagem chegou à unidade, a agitação já era grande, mas ganhou tons ameaçadores quando os internos do Pavilhão 1, integrantes do Sindicato do crime, começaram a tentar pular para o Pavilhão 3, a fim de alcançarem o Pavilhão 5, onde estão os membros do PCC, com o objetivo de vingar a morte dos colegas ocorridas no sábado. 

A tentativa de invasão foi relatada pelo próprio guariteiro, que vigiava exatamente o primeiro pavilhão: “Ei, olha a covardia! Olha a covardia!”, gritavam alguns detentos de cima dos telhados. Pelo que o agente relatou, os detentos, todos filiados ao Sindicato do Crime RN, tinham a intenção de ultrapassar a linha delimitada pelos policiais militares na guarita e chegar ao Pavilhão 3. Desse ponto, seria possível encontrar os membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), grandes rivais dentro da penitenciária.

Bombas de efeito moral foram utilizadas. Os homens, que estavam nos telhados armados com lanças improvisadas – cabos de madeira com facas nas pontas – começaram a descer. Telhas foram destruídas, colchões e placas arrancados. Depois, a intenção dos apenados ficou clara: os detentos faziam uma espécie de barricada.

As duas facções que dominam a unidade, Sindicato e PCC – inimigas declaradas – se ameaçavam a todo momento. “Uh, PCC! Uh, PCC!” chegou a ser gritado em coro, no Pavilhão 5, onde estavam concentrados os membros desse grupo.

O tumulto durou cerca de meia hora. Aos poucos os presos foram se acalmando, mas a tensão nunca deixou de existir durante o tempo em que a reportagem do NOVO esteve no local. Viaturas policiais faziam rondas constantes nos arredores de Alcaçuz. A todo momento os guariteiros conversavam com alguns apenados. Tentavam convencê-los a se acalmarem e retornarem aos devidos pavilhões. Em vão.

Havia expectativa da entrada das forças de segurança do governo no local, para controlar o motim, algo que não aconteceu. A única presença policial era do lado de fora e nas guaritas. Os guariteiros são os responsáveis pelo confronto entre facções ainda não ter ocorrido, ao menos até a tarde de ontem. Também havia uma previsão de que seria feita uma revista ontem, algo que também não se confirmou.
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