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Filmado tomando banho de piscina, PM preso por matar advogada em Santo Antônio, RN é alvo de sindicância

No VNT do G1 RN - 11 SET 2017
Comando abriu sindicância para apurar o fato de o policial aparecer em fotos fora de quartel da PM (Foto: Cedida ao G1/RN)
Comando abriu sindicância para apurar o fato de o policial aparecer em fotos fora de quartel da PM (Foto: Cedida ao G1/RN)
G1RN - A Polícia Militar do Rio Grande do Norte abriu nesta segunda-feira (11) uma sindicância para apurar se o soldado Gleyson Alex de Araújo Galvão está saindo ilegalmente da prisão. O PM, que foi preso em 2013 após matar a pauladas a ex-namorada dele, a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 37 anos, foi flagrado tomando banho de piscina. A pessoa que registrou o momento de diversão (veja vídeo acima) afirma que as imagens foram feitas recentemente dentro de um condomínio na Zona Oeste de Natal. (Veja vídeo no G1RN)

"É justamente isso o que queremos descobrir", afirmou o coronel Zacarias Mendonça, comandante do policiamento militar na região metropolitana da capital potiguar.

O coronel também confirmou que a sindicância foi instaurada por causa da matéria publicada pelo G1 na semana passada, na qual mostra o soldado fora do 4º Batalhão da PM, onde deveria estar detido enquanto aguarda julgamento. O quartel fica distante mais de 10 quilômetros do residencial onde o soldado foi flagrado.

Gleyson Galvão deveria ter sentado no banco dos réus em novembro do ano passado, mas o júri popular acabou adiado porque o Ministério Público solicitou uma nova avaliação psiquiátrica do policial. Em julho deste ano, o juiz Rafael Barros Tomaz do Nascimento determinou que o soldado fosse submetido a um exame de sanidade mental. O teste chegou a ser marcado para o dia 15 de agosto, mas não aconteceu porque a defesa de Gleyson alegou que ele havia surtado, tendo sido necessário interná-lo com urgência no Hospital Psiquiátrico Dr. João Machado.

O G1 tentou falar com os advogados do soldado, mas não conseguiu contato.

Já o advogado Emanuel de Holanda Grilo, que defende a família de Vanessa Ricarda, cobra respostas. "Isso é um descalabro. E quem, dentro do comando da PM, estiver dando cobertura a essa situação, está cometendo um crime. O governador deve tomar providências imediatas ou se tornará cúmplice desse absurdo".
Gleyson Alex de Araújo Galvão deveria estar preso desde 2013, mas aparece em fotos recentes tomando banho de piscina (Foto: Cedida)
Gleyson Alex de Araújo Galvão deveria estar preso desde 2013, mas aparece em fotos recentes tomando banho de piscina (Foto: Cedida)
Réu preso
Gleyson Araújo, que tem 36 anos, está detido sob força de um mandado de prisão preventiva. Ele foi preso em flagrante no dia 14 de fevereiro de 2013, momentos após o crime. Atualmente, conforme o próprio comando da PM, está detido no 4º Batalhão, na Zona Norte de Natal.

Por várias vezes a defesa do réu tentou colocá-lo em liberdade, alegando problemas mentais. Contudo, os pedidos foram negados pelo juiz Ederson Batista de Morais. Para o magistrado, o quadro de insanidade não foi comprovado. Na decisão, ele destacou que em mais de seis anos de trabalho como policial militar, Gleyson Araújo nunca precisou ser afastado para se tratar de nenhum problema relacionado à saúde mental. Além disso, o fato de o policial ter ensino médio completo, já ter cursado o ensino superior e ter sido aprovado em concurso público de "significativa dificuldade", pesam contra a instauração do incidente de insanidade. O juiz ressaltou também que o acusado "sequer soube dizer qual o distúrbio que, em tese, o acometia, mesmo sendo pessoa de relevante grau de instrução".

"A única tese de defesa que se tentou construir no processo, sem êxito, foi a de que o acusado está louco e não lembra o que fez. Essa afirmação absurda é desmentida nos autos, embora a defesa tenha conseguido, sabe-se lá como, um laudo atestando a doença mental. Creio que o crime não ficará impune e o assassino deve pegar em torno de 12 a 30 anos de reclusão, como prevê o código penal”, comentou o advogado Emanuel Grilo.
Vanessa Ricarda de Medeiros tinha 37 anos (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Vanessa Ricarda de Medeiros tinha 37 anos (Foto: Anderson Barbosa/G1)
O assassinato
Funcionários do Motel Cactus, onde a advogada Vanessa Ricarda foi espancada, acionaram a guarnição depois que escutaram uma discussão do casal. “Eles ouviram a mulher gritando e nós fomos chamados”, contou o tenente Everthon Vinício, do 8º Batalhão da PM, à época do crime.

De acordo com a acusação, Gleyson Galvão ficou chateado com o fato de a advogada ter se recusado a fazer sexo com ele na frente de uma outra pessoa. "Assim, ele atacou a vítima de surpresa, desferindo pauladas em sua cabeça", relata a denúncia feita pelo Ministério Público. Ainda de acordo com o MP, "ficou evidenciado o motivo fútil, a utilização de meio cruel e a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima como qualificadoras do crime de homicídio".

O PM foi encontrado na área comum do prédio onde funciona o motel. O tenente Everthon Vinício contou também que o soldado Gleyson apresentava sinais de embriaguez e manchas de sangue pelo corpo. “Ele vestia somente um short, que estava todo sujo de sangue”, afirmou.

Ao entrarem no quarto, os policiais encontraram a advogada desacordada e ensanguentada. “O rosto dela estava bastante desfigurado e os objetos do quarto revirados”, relatou o delegado Everaldo Fonseca.

O corpo de Vanessa Ricarda foi enterrado no cemitério público da comunidade de Santo Antônio da Cobra, na zona rural de Parelhas, na região Seridó.

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