Alunos recebem R$ 1.045 por mês em forma de bolsa, portanto não teriam direito ao auxílio. |
O setor de inteligência da Polícia Militar do Rio Grande do Norte está investigando 252 alunos-soldados da corporação, que aparecem nos registros de beneficiários do auxílio emergencial liberado pelo governo federal durante a pandemia da Covid-19.
Os alunos pertencem ao Centro de Formação de Praças da PM. Embora não tenham estabilidade na corporação, eles já são considerados militares estaduais e recebem um salário mínimo na forma de bolsa, portanto não teriam direito ao socorro financeiro de R$ 600. Cada um dos 252 alunos-soldados foram informados sobre a situação.
"Mandamos ofício e acompanhamos com a Caixa Econômica Federal para identificação de alguma situação nesse sentido. Foi identificado preliminarmente e agora está sendo apurado. Eles foram chamados, informados e agora vão apresentar suas razões. Se foi um erro ou não, isso tudo está sendo averiguado junto com a Caixa", detalhou Alarico Azevedo, comandante da PMRN.
De acordo com a PM, caso as investigações comprovem a má-fé dos alunos e consequentemente a irregularidade no recebimento do benefício, os soldados em formação poderão sofrer punições administrativas, como a exclusão da corporação.
A orientação da Polícia Militar para os militares que tiveram acesso ao auxílio é de que eles devolvam os recursos por meio do portal do Ministério da Cidadania e cancelem o cadastro na plataforma do governo federal para evitar futuros recebimentos.
"Estamos atentos a essas possíveis irregularidades. Nossa inteligência tem esse papel de cuidar e zelar pela nossa instituição. Ela acompanha a vida social dos nossos alunos desde o dia que eles são matriculados. Esse acompanhamento é muito importante", completa o comandante da corporação Alarico Azevedo.
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