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Com leucemia, potiguar de 14 anos faz campanha em busca de doador de medula óssea

 Do G1RN - 30 ABR 2030

Bernardo Oliveira, de 14 anos, busca cura contra leucemia aguda — Foto: Cedida

O adolescente potiguar Bernardo Barreto de Oliveira, de 14 anos de idade, iniciou uma campanha nas redes sociais para encontrar um doador de medula óssea compatível com ele, que luta contra uma leucemia aguda desde 2023. (Veja reportagem acima).

A campanha ganhou força nos últimos dias. Em uma das mensagens, o adolescente reforça que quem quiser se tornar doador pode até não ser compatível com ele, mas que vai ajudar outras pessoas que também necessitam do transplante.

"Faça o cadastro de doador de medula óssea. Assim você vai estar me ajudando, se for compatível comigo, ou então com certeza vai estar ajudando outras pessoas", disse o adolescente em um trecho de um dos vídeos.

Dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) apontam que havia neste mês de abril 53 pacientes no estado a espera de um doador compatível para o transplante, com 86 mil doadores cadastrados no sistema.

A chance de compatibilidade, segundo o órgão, no entanto, é de 100 mil pacientes para um doador. Por isso, há a necessidade por mais pessoas cadastradas.

Para se cadastrar para ser um possível doador, é possível através do Hemonorte, que tem duas sedes em Natal, que fica na Avenida Alexandrino de Alencar, no Tirol. A avaliação é feita através de uma coleta simples de sangue (veja detalhes mais abaixo).

O pai de Bernardo, José Leonardo Lucena, reforçou ainda que há pessoas que estão cadastradas no Redome que podem ser compatíveis, mas que estão com cadastro desatualizado, o que não permite o contato.

"Às vezes a pessoa é compatível, o Redome faz contato com a pessoa, mas não consegue porque o número de telefone está errado lá, porque a pessoa já se mudou e não mora mais naquele endereço", lembrou.

Luta contra doença começou em 2023

A luta de Bernardo contra a doença começou em 2023. Em janeiro daquele ano, ele teve dores em um dos tornozelos, mas a família imaginou que seria resultante das atividades físicias - ele treinava judô e futebol.

"Pra gente o chão abriu. A princípio ele foi diagnosticado com artrite, mas posteriormente fez um mielograma [exame na medula óssea] e foi identificada a leucemia. E de lá pra cá a gente faz o tratamento", contou a mãe de Bernardo, a professora Monalisa Barreto.

O tratamento começou naquele ano, e meses depois o adolescente conseguiu retornar à escola para as aulas, sendo recebido com festas pelos colegas de sala e professores.

Mas neste ano veio a notícia da volta da doença. "Desde que a gente recebeu o diagnóstico da recidiva [recaída] nossa vida virou um turbilhão, porque a doença não espera, a gente tem que correr. Desde então a gente está com Bernardo 24 horas envolvido com isso", contou a mãe.

Família conta com apoio nas redes

Em busca de um doador, a família buscou as redes sociais para fazer a mensagem chegar mais longe e correr contra o tempo em um busca de alguém compatível.

"Para a pessoa que vai lá se cadastrar e ser um possível doador vai ser um incômodo tão pequeno, uma coisa tão simples, e com certeza vai ser uma memória que essa pessoa vai guardar pra sempre, porque ela vai estar salvando uma vida e dando uma oportunidade pro meu filho crescer, se tornar adulto", relatou a mãe Monalisa Barreto.

A mãe de Bernardo contou que as redes sociais também os tem ajudado a receber mensagens de apoio e histórias inspiradoras.

"A gente já teve contato de alguns pais trazendo depoimentos belíssimos de hoje filhos que já são adultos, de adolescentes que foram transplantados, de pessoa que teve a sua vida totalmente restabelecida, que os filhos estão saudáveis", disse.

"Isso aquece a nossa fé e nosso coração, de ter a certeza que nosso filho vai ficar bem".

Quem pode doar?

Para doar, é preciso:

ter entre 18 a 35 anos;

não ter doença infecciosa ou incapacitante;

não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

Uma avaliação em relação à compatibilidade é feita através de coleta de sangue. Em Natal, é possível realizar o cadastro através do Hemonorte, na Avenida Alexandrino de Alencar, no Tirol.

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