FEITIÇO
Todo vez que insisto 
em percorrer tua estrada
Perco as rédeas e me esborracho 
no teu colo estou 
arreado por ti, de quatro.
Tenho certeza, foi coisa feita.
Já rezei para desfazer amarrações, 
Já fiz preces, encomendei santos
Acendi velas de toda cor, oferendas
Orei terços e rosários, perdi a conta.
Não achei nenhum meio 
de quebrar o encanto 
nem desvio nem encruzilhada.
Estou num mato sem cachorro, pedindo arrego
Já me arregacei todo, 
desde o avesso, aquebrantado
De que me adianta pedir socorro, estarrecido
Se você já me condenou 
à redoma, a esse castigo
colocou meu coração na cela 
e largou a chave não se sabe aonde. 
Estou num beco sem saída
Estou feito alma penada 
com dó de mim, duras penas
no teu céu, meu purgatório.
Estou queimando vivo 
às barbas de São Pedro,
Virgem Maria!
Autor: João Maria Ludugero (Em 29/12/2008)

 
 
 
 
 
 

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