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A AUSÊNCIA DE DEDÉ
AUTOR: LUDUGERO, 25/03/2009.
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Eu não ouvi a porta se fechando
Eu não ouvi a porta se fechando
dentro de mim foi contundente
um baque surdo, tudo ficou escuro
nunca mais aquela conversa franca
embaixo do pé de graviola
nunca mais sua presença
dentro da caixa da alegria
nunca mais aquela amizade
interessante, nunca interesseira
solta e acompanhante
feito sombra e juventude
nunca mais o eco da sua voz
da sua risada espontânea,
despreocupada
de repente a constante
ausência sentida, insistente
um aperto involuntário no peito
um nó na garganta
no coração varzeano um dissabor diário
e no fim das contas
nenhuma explicação
para tal partida,
assim tão repentina!
Foste embora
sem dizer adeus.
A roda do tempo emperrou.
Partiste, deixando nosso coração partido,
aos pedaços, despedaçado...
E a sua Piedade, como a consolar agora
se ela nem lágrimas mais tem para derramar?
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VNT Online, postado em 26/03/2009
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