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O PODER DAS MINHAS RUGAS (SE RUGA FOSSE VELHICE...)

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O PODER DAS MINHAS RUGAS (SE RUGA FOSSE VELHICE...)
Autor: Ludugero, 09/03/2009.
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Eu carrego meus longes,
me aturo, me contenho, me apuro
estimo minhas cicatrizes, minhas marcas
nas dobras da pele, nas rugas da face
no espelho
aprecio minhas distâncias internas,
minhas feridas
eclodem em insultos, em rusgas e desafetos,
mas sutis desaforos não levo pra casa. Isso é norma.
O mundo é a terra escondida, prometida, esquecida
nos bolsos, nos botões dos batidos paletós.
E o que se leva do mundo?
Transportar o corpo já é fazer-me livre.
Não me enfado com isso,
com o peso dos fardos, não esmoreço
eu, rei de mim, dono de uma leva de nadas,
de regra, por etiqueta não me atrevo, gosto de significado.
Carrego sem pesar meus apegos, minhas afeições, meus tratos
também trago a barra do meu tempo
por sobre os meus ombros,
Mas não me sobrecarrego,
pois tenho minhas perdas
necessárias.
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Beto Bello

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