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SENTADO NA MARGEM DO RIO JOCA
Autor: Ludugero, 11/03/2009.
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Sento-me na beira do rio,
a descansar a visão
não estou cansado,
apenas contemplo a paisagem
e a alma do Joca
me acompanha de mão dada.
Divago em lembranças e significados.
à minha sombra cresce capim
e pés de melancia
que se enramam nas veredas do dia.
Encharco as mãos de letras e poesia
refresco o rosto na brisa
do verde coqueiral
e dou de beber à minha alma
nas águas do Joca.
Meus versos que escorrem,
em fio, sol a pino
são o meu refrigério...
Várzea, 36 graus
será o amor tão grande mistério que corrói?
ou será a paixão água revolta
a encharcar o roçado do Vapor?
As palavras correm, à solta,
além das estradinhas de terra,
talvez me tragam a sombra de volta
junto com a alma do rio
e assim não me sinta tão só!
Até lá, aguardo e
me junto às lavadeiras do rio
sento-me na margem de um poema e espero,
dou vazão ao amor
que me proporciona plenitude
e toca a minha alma
numa toada chamada saudade.
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