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CONFRARIA DO VARZEAMAR


CONFRARIA DO VARZEAMAR
Autor: Ludugero, 04/06/2009.
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Várzea,
Suas tardes amenas em tons pastel
Emolduram a grandeza
Do seu jeito simples de viver,
Ampliando a paisagem
Cercada de verde
De árvores
De ares puros
De roças, de roçados
De Vapor tão natural
De fertilidade
De um tempo que se arrasta lento
Sob o (en)canto de pássaros.
De conversas de vizinhos na calçada,
Nos bancos da praça a trocar ideias,
No abraço que recolhe suas crianças a entrar no sono.
Num beco-saída da rua das pedras
Num magote de pessoas que descambam
Rumo à rua José Lúcio Ribeiro,
Onde os gestos, os ritos e as palavras se soltam
Numa conversa que se prolonga até de manhã.
E eu, ali, em versos arteiros, sem rima,
Manhoso tento me misturar ao aroma
Do chá de capim-santo
Que avança implacável
Pela rua do Cruzeiro.
Enquanto isso, no forno a lenha,
As fornadas de pés-de-moleque,
Em folha-de-flandres preparada com a massa
De mandioca-mole, coco e rapadura.
Todo forrado na palha de bananeira,
Este bolo-preto recende a cravo e a erva-doce,
Que enchem as ruas de cheiro agradável e intenso.
Até parece que existe música no ar
A orquestrar os ventos amigos,
A bem da feliz cidade,
A fazer dançar as palmeiras de São Pedro.
Ali, a simplicidade da vida fez sua morada.
A simpatia de sua pacata gente
É senha perene a nos cativar.
De resto, confesso, de súbito:
Já estive em muitos lugares, admito,
Mas nunca a minha Várzea recusei voltar.
Porque ali aprendi a ver de perto o segredo
De viver a vida e ser belo, de verdade:
Aprendi a VARZEAMAR!
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Beto Bello

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