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VÁRZEA: UMA CIDADE DO TAMANHO DO AMOR!


VÁRZEA: UMA CIDADE DO TAMANHO DO AMOR!
Autor: Ludugero, 22/06/2009.
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Várzea, Cidade do ser simples,
Cidade da simplicidade
Cidade poema,
Cidade menina,
Seara divina entre verdes ariscos
Que se debulham em olhos d'água-doce.
Que embora distantes,
Seus filhos amados
Até se encantam por terras estranhas,
Mas é por ti que choram
De tamanhas saudades!
.
Cidade poesia, às margens do rio Joca,
Na seca, riacho tranqüilo
Ou bravio, na cheia efêmera
E eu-varzeano, vivo a entoar cantigas,
Que levam nas águas das enchentes
Os sorrrisos e as penas
Das almas serenas
Das casas-de-farinha dos Marreiros
Das manipueiras aos antigos Vapores.
.
Cidade poesia dos altos cajueiros lá do Umbu,
Das luas fiandeiras do Itapacurá,
Das luas dos riachos do mel, de sonhos e brilhos.
Do manto de fuxico estrelado
No auto de São Pedro, tão colorido
Tecido por dona Neves, a adornar a História,
Louvada memória na voz de seus filhos,
Em frente e verso,
Minha Várzea, não sabes tu
Que possuis a chave da paz verdadeira.
.
Cidade poema da praça do encontro
Da frondosa e verde algarobeira
Das flores que enfeitam as vidas
Da nossa velha infância varzeana.
Cidade em que a fé persiste,
Em que a crença é uma força que existe
E a todos assiste da mesma maneira.
Oh, meu glorioso padroeiro, São Pedro, chaveiro do céu,
Intercedei por nós junto ao Divino Mestre!
.
Cidade poema, em que do peso das pedras a gente esquece,
Pois, enquanto descansa, apesar dos pesares, o transforma em poesia.
São tantas as rimas, são tantos os versos, que vejo uma mina
E as graças do mapa da sua magia, no seu modo de viver
No jeito deveras simples de sua gente.
Podes crer!
.
Cidade poema, Cidade da Cultura potiguar,
Cenário de jovens artistas,
Berço de Ângelo Bezerra, seu fundador,
De povo pacato, de amigos da gente.
Cidade em que a tarde amena
Se debruça no paredão do açude
E o Sol mais bonito no horizonte
Colore o poente lá do Calango!
.
Cidade poema, cidade do carro encantado, da lenda
De Dalila Ludugero, De Nenê Tomaz de Lima, dos Anacletos,
De Joaninha Mulato, dos Belos, dos Bentos,
De Zilda Roriz, de Pasqualino Teixeira,
De Wandick Lopes, dos Caicos
Dos Florêncios, de tantas Marias, de Pedros
E tantos outros, que citar não caberia aqui,
uma vez que não foram jamais esquecidos!
Da aurora bordada no céu potiguar.
.
E ainda que ausentes, seus filhos felizes
Mantêm as raízes no chão varzeano.
Cidade poema de flores e fantasias,
Mas veste os seus dias nos trajes das leis.
Cidade das ruas cortadas de paralelepípedos
Da travessia que traz do passado
O famoso 'Mateus Joca Chico',
A bumbar o seu Boi-de-Reis.
.
Cidade poesia que tem revoada
De pardais e andorinhas
a fazer verão nunca sozinhas,
sombreando a fachada da igreja-matriz
de São Pedro apóstolo.
Cidade em que o povo não foge à batalha,
que luta, trabalha, não se cala em face das injustiças,
que assume o que fala,
que cumpre o que diz!
.
Sou eu, Várzea,
o Escritor Ludugero,
Cantando o teu tema,
Que te exponho no meu poema
E faço revelar o teu rosto.
Cidade poema, cidade poesia,
Minha cidade da felicidade,
São tantas as saudades,
Que até nas "canjiquinhas"
Eu-sinto-o-teu-gosto!
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Beto Bello

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