
OFICINA DE PALAVRAS
Autor: Ludugero, 23/06/2009.
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Eu penso na vida, sim,
Penso como pensa um poeta,
em tua vida também...
Mas neste ofício que consome
Nossas melhores esperanças,
Nesta efêmera oficina,
Vamos nutrindo, do Amor, toda a fome.
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Vamos matando nossa sede
Neste oásis de palavras
Neste engendrar de palavras, de versos.
No manejo de dizer o que se sente,
A destruir sua própria lavra, no chão sem chão,
movediças palavras, ou não,
De pedras, seixos, areia, pó, poeira,
Vamos construindo castelos,
Vou arando tantos sonhos,
Acordando outros amores,
Fazendo pensar o torto e o direito
Renascendo das cinzas,
Vou limando a ferrugem
Das esferas do tempo,
Esse relógio sem cordas,
Que foge ao nosso comando,
Que não é de ninguém, não é nosso,
Que não dá para se acumular em sonhos
De noite ou de dia, de tempos idos,
Sonhos não realizados, idosos vãos!
.
Só o que nos consola é a realidade.
É a certeza que nada levamos, na partida
Só fica mesmo, de fato,
O significado do que vivemos!
O que se leva da vida
O que fica, com certeza,
É a vida que a gente leva!
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