
AUTOR: lUDUGERO, 23/06/2009.
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Em minha infância, bem me lembro,
Várzea surgia como uma terra distante,
Onde os trabalhadores baixavam suas enxadas,
Seu arado na lavoura no roçado,
Na plantação de feijão, milho e de algodão,
No cultivo de macaxeira e melancia,
Na roça onde vicejava o Vapor vital...
Com seus cheiros e ruídos,
Com suas casas de farinha
Em noite enluaradas!
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Aprendi a amar Várzea, desde bem cedo,
Ouvindo a sanfona de Seu Cícero Cego,
Ou até mesmo embalando bolachas e pães,
Na padaria de Seu Nenê Tomaz, tão Plácido
Tudo era pão e pura poesia!
Tudo era alegria e simplicidade!
Ali a gente ajudava a empacotar biscoitos
Entre uma conversa e outra de pé de balcão.
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Hoje estou longe, aqui em Brasília, no Distrito Federal,
Mas, Várzea,sempre estou a te visitar,
Não me desligo de ti, em nenhum instante,
Me vejo a passear pelas tuas ruas, becos
Em pequenas lembranças do lugar,
Até em pensamento, fico a matutar,
Me pego acordado a sonhar, a sonhar,
A bater papo com os amigos de lá, gente-gente,
Sem me importar, com a hora de voltar para casa,
Sem nenhuma preocupação, com a vida
Nem com o tempo que passa sem pressa!
Eta, vida boa! A vida da minha Várzea!
Minha Cidade da Felicidade!
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