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MINHA VÁRZEA, MEU MUNDO, A PARTIR DE TI...
Autor: Ludugero, 20 de julho de 2009.
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Tenho certeza, hoje verei pela noite o ontem a sorrir, sairão de mim, ventos agrestes e os gestos, as asas que me elevaram a grandes lajedos, a pequenos Seixos, às compridas lagoas, aos tempos em que me deixaram cair no sono, aos pesadelos que me fizeram suar, de tantos que nasceram para acabarem, como um leito que esbarra nas margens do rio Joca. Meu rio de água salobra, a vida que instigas não é nada efêmera!
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Eu sou aquele paralelepípedo da rua da pedra. Sou aquela pedra lapidada pelos momentos, pela vida... pedra assinada e guardada em pensamentos, divagações de outrora, das horas que por ora, as tenho e as sinto acordadas no peito ali na rua do Cruzeiro, lições que aprendi ali na Escola Dom Joaquim de Almeida, curiosidades me matam, desejo, não minto, vou ser e vou estar, bem perto quanto puder, num copo saberei beber num único gole, o valor das coisas boas que ficarão pra sempre guardadas, seladas no invólucro da alma, mas prometo que as guardarei no coração, guardarei todo o valor desta cidade, da minha Várzea, do meu oásis de paz, dos meus Ariscos, dos meus Itapacurás, do meu ninho de matar saudades. Eu te amo, Várzea!
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Minha pequena cidade menina, estarei por ti e por mim no passado, no agora, no sempre, te eternizar num sonho que presto e desejo guardado, sonho acordado, na magia dos movimentos, serei uma fonte de água cristalina, um olho d'água vertente, como tanta água, que vi passar sentado ali numa ponte sobre o rio Joca, descansando minha mente e meu corpo, vendo e vivendo de perto o verde, a cor verde do coqueiral, a verde esperança nova, renovada, numa praia de areia branca de rio, despido de todo mal, ali no rio da Cruz ou no rio de Nozinho.
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Saibas que não é pouco o quanto te quero minha lua selvagem, minha lua verde toda refletida no açude do Calango, a refletir lembranças; Por onde andas minha lua verde a preencher vazios, a fazer meus dias completos, me encher de alegria o peito, repartir saudades.de frente e verso, me largo, em ti me encontro, a mergulhar lúcido, sem álcool me embriago em tua simples beleza, fico cego de tanto te olhar e ver que realmente teu horizonte é mais luminoso, nele sou anjo solto no meu lugar, não tenho medo das alturas, jogo-me no meu peito de criança e chuto ao gol sem medo de errar a trave, por entre as duas palmeiras de São Pedro.
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Ali é o meu lugar, onde não tenho receio de cair nas redes da esperança armada entre os alpendres da cidade da felicidade, da qual é refém o meu coração de menino varzeano... encontrarei em ti decerto, de novo o mundo aberto. Várzea foi quem me deu asas. Ela me disse vai, menino, voa! Eu acreditei e saltei, sem medo de cair no abismo. Que abismo, que nada! Eu voei para o alto, para a luz, e comecei a acreditar na força do sonho de sonhar... E voei para a realidade, com toda força de amar e ver a beleza que há por entre flores e espinhos, no caminhar, no caminhar, sem medo de ser feliz!
Eu amo muito este lugar! Amo muito a minha Várzea das Acácias!
muito bom.muito.bom.muito bom!!!!Este poeta tem mesmo o dom da escrita sobre a nossa cidade de Várzea. Parabéns, que coisa mais legal e que dá até vontade de ficar lendo várias vezes.Abs a todos de Várzea!
ResponderExcluirWellington.