RenoVARZEAndo

RenoVARZEAndo
Autor: João Ludugero, 17/08/2009.
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Inquieto eu sigo meu caminho...
Inquieto me disperso nas águas do rio Joca,
Piso descalço nas areias finas deste rio
Que deságua lento direto nas lembranças
dos bons tempos de menino criado solto nas Vargens
Esqueço o cansaço e viajo em pensamento
Silenciosamente eu percorro os caminhos
Que levam ao Vapor... Cheiros e ruídos.
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Dentro e fora de mim estou com sintomas
De saudade, ao meu redor tudo é deserto
Estou sem ti, longe de Várzea, de certo,
Estou com o coração partido, de fato, dilacerado
Como um roçado do qual lhe foram arrancadas as ervas
ou se esgotasse a dor por quem se chora.
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Eu gosto da solidão que me basta, e a contemplo
Começo a sonhar de novo, amanheço com o sol.
E meu interior é puro silêncio que me resolve!
Não é fácil esperar, mas já sinto o cheiro
De um novo tempo, de amanheceres mais ensolarados,
de novos ventos, porque não dizer alvissareiros?
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Não quero mais vir a dormir assim com a cabeça ao léu
Ou a morrer na areia quente ao sopro de um angústia
Que o silêncio envolve ao andar sobre as areias finas do rio Joca!
Sinto que minhas pegadas de agora são mais firmes,
Sou feliz de novo, pois aprendi a ser só, e isso me basta...
Estou aliado à minha eterna namorada,
Minha Várzea das Acácias.
Logo, como poderei me sentir sozinho?
Várzea me basta, ela não me expira!