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VarzeAmado!


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VarzeAmado!
Autor: João Ludugero, 11/08/2009.
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Invade-me o açude, e sangra...
Faz-se escoar por cima do paredão
Água, espuma, musgos e peixes
Que tomam o rumo da Vargem,
O rumor do rio Joca,
O vento da tarde amena
Que não corrói meus ossos,
Que me lança às areias brancas do rio
Como se fosse numa praia
A limpar minha vista, na paisagem,
E eu a fazer meus versos simples,
Jamais apresento um coração insosso!
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Pois o rio de águas salobras
É como um mar que me invade o leito,
A soprar suas lembranças no meu peito
Como areia nas dunas, areia fina,
Na ampulheta do tempo que passa,
E não mede esforço para nos esperar
E minha tulha, meu fardo,
Minha colheita de espigas da roça, do roçado
Eu as entulho no celeiro das minhas memórias,
Que são fartas, de esperanças a se equilibrar
No paredão do açude do Calango.
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É o açude, é o rio Joca...
A água que invade tudo, e fertiliza a terra,
Irriga o meu solo varzeano,
Onde derramo toda a minha seiva, todo meu Vapor,
E faço das palavras vertentes lavras
Sangue sem eiva, dádivas,
Eu lavro o coração, eu sinto o quanto
Amo esta Cidade da Felicidade,
Minha Várzea,
Meu Amor de presente,
Sinto-me deveras
VarzeAmado!
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Beto Bello

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