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FLORES DO MATO


FLORES DO MATO
Autor: João Maria Ludugero.

Ruminando,
Cá com meus pensamentos,
Estou perdido no tempo,
Mergulho profundo no rio Joca
Me atiro sem medo
Nas águas do Calango
No meio do caos da paixão
Revistando-me por dentro,
Eu sangro feito o açude cheio,
Transbordo flores e espinhos
Paredão abaixo, em direção
Aos bueiros que escoam a Vargem,
Digerindo dores que sinto em vão
Por ti, menina-desejo, menina miragem
Que o vento levou pela estrada de chão
Junto com o pó e a poeira,
Além do sítio de Zé Canindé.

Aos gritos, aos berros
Sinto-me borrego solto pelas redondezas
Da rua do matadouro, entre capins e juncos,
Começo a revelar minhas cismas
Fatos perdidos às quatro bocas,
Teço minha história de vida...
Teço com coragem e astúcia
Sem receio de contar,
Que, a partir das coisas simples,
Sou feito um açude de saudades,
Cercado pelo mato verde, de cheiros e ruídos
Que me atiçam a alma, o espírito aberto aos ventos.

Eu deveras me sinto um lago, uma lagoa comprida,
Um barreiro no desejo de te saciar...
Oh, menina varzeana, flor dos meus dias,
Meu bem-me-quer, minha flor estradeira,
Minha flor que energiza os caminhos,
Minha flor silvestre, meu pé de angico-branco,
Eu bem-te-quero, meu-bem-me-quer,
Eu bem-te-vejo, hoje e sempre!
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