Autor: João Maria Ludugero.
Menina varzeana,
Menina de fases,
Minha lua, Luana,
Lua varzeana
Que dança
Que valsa
Que me cativa,
Que entra pela janela
Do meu peito,
Pelas portas da minha casa,
Que adensa a alma,
Que me enobrece o espírito
Que me agita,
Que me usa e abusa,
Sem contra-indicação,
Sem efeitos colaterais,
Minha lua atrevida,
Que me revigora,
Que me revitaliza
Minha Luana, lua quente
Lua cheia vaidosa, faceira,
Vai flertando charmosa, fagueira
Radiante e iluminada...
Lua que me ascende
Que me acende a fogueira,
Que me aquece, que me abrasa,
Com seu bailado entre as estrelas
Entre as duas palmeiras de São Pedro,
Lua acesa, lua branca, lua bronzeada
Que ainda se avista, precisa,
No céu da tarde amena
Da minha Várzea de Ana do Rego!
Lua, Luana, varzeana menina,
Menina que me distrai,
Moça bonita,
De carne e osso,
Moça que me seduz
A brincar entre nuvens,
Dengosa mulher, feiticeira,
Iluminando meu fugaz desejo
Eu que sou Menino Varzeano
Apaixonado menino do Calango!
Venha, minha lua,
Acordando linda e nua,
Para me enamorar na rua das pedras
Para me emaranhar em seus versos,
Minha doce e encantadora lua de São Pedro
Minha lua de São Jorge!
Minha doce menina
Do Itapacurá,
Venha me caçar,
Venha me salvar
Das garras do dragão,
Da solidão do Vapor
Que desgarrou minha alma
Eu, bezerro solto,
A pastar na Vargem
Eu, borrego solto,
A pular pelos campos
Da minha Várzea das Acácias!
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