O BEIJO DO CALANGO
O BEIJO DO CALANGO
Autor: João Maria Ludugero.
Lado a lado,
De mãos dadas,
Caminhamos até o paredão
Do açude...
E éramos apenas
Você, eu e o vento.
Atiramos Seixos
No espelho das águas.
Atiramos flores
Que se perderam no tempo.
As pétalas foram levadas
pela lâmina verde das águas.
E nos beijamos ali, ao léu,
Cara a cara, de fato,
Em face do que restou
Da história que vivemos.
E a partir do beijo selado ali,
Entre beldroegas e fedegosos,
O amor se rendeu... e pronto.
Do jardim que floresceu,
Onde o verde ficou laranja,
Renasceu tanta lembrança
E um pote cheio de saudade.
E alaranjado se tornou o céu
E vermelho se estampou o fogaréu
Que se pintou na tarde amena
Num crepúsculo sem igual,
Emoldurado pelas tintas de Deus,
Esse quadro de natureza viva
Que se destacou ali mesmo
No jardim da minha Várzea das Acácias,
Nesse jardim a que chamo de Amor!
Ali mesmo acabara de nascer
Ao que chamam de Amor eterno,
Aquele que ficará para sempre,
Até mesmo depois do depois
Que o mundo da gente acabar...
Até mesmo depois da nossa ida,
Do adeus que nos levará
Além dessa vida...
E tudo começou com um beijo,
E tudo se tornou imenso,
E tudo se tornou pra sempre!
Eu sei que é Amor
Eu sei o que é isto,
Eu bem sei o que isso significa,
E basta!
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