A polêmica continua? Para Flamenguistas nada muda com a decisão da CBF

Na prática, na prática, muito pouco muda com a decisão da CBF de que a Taça de Bolinhas será entregue ao São Paulo. A não ser pelo fato de que agora o troféu terá alguém que cuide dele, já que, segundo o presidente Ricardo Teixeira, ele vinha enferrujando. A entidade comandada pelo cartola sempre considerou o Sport campeão de 1987. A Justiça também. E isso não é de hoje. Portanto, segue tudo como antes, com o rubro-negro pernambucano como o campeão daquele ano.

A bem da verdade, a briga do Sport sempre foi pelo reconhecimento universal. Uma questão mais de orgulho, convenhamos. Do ponto de vista jurídico, que é o que vale, no fim das contas, ninguém nunca contestou a decisão dos tribunais favorável à equipe nordestina lá pelo início dos anos 90.

O que não impede que se continue considerando o Flamengo o campeão moral de 87. Disputou o melhor campeonato naquela temporada. Um campeonato que, diga-se, a CBF abriu mão de organizá-lo para depois voltar atrás e tentar sem sucesso empurrar um cruzamento que tinha o consentimento do polêmico Eurico Miranda, representante do recém-criado Clube dos 13 (mas que nunca contou com a chancela de seus demais membros). Ou seja, era uma posição isolada.

Pode-se discutir também os critérios, ou a falta de, dos cartolas na formação da Copa da União. Puramente histórico e mercadológico, nunca foi segredo. Mas também não se pode culpá-los. Tinham um novo torneio em mãos e, diante da falta de grana que assolava a todos, queriam a participação daqueles clubes que pudessem proporcionar mais ganhos financeiros.

Traduzindo em miúdos, mesmo com o anúncio da CBF na tarde desta quarta-feira, tudo continua como sempre foi: o Sport como o campeão legal e o Flamengo como o campeão moral. Simples assim.

Do ESPN.com.br