apetece-me tanto ir a Várzea
logo em seguida visitar à Marisa,
tomar água de coco verde
emaranhar-me em seus maracujás
e depois, humm...
dar mais uma voltinha
veredas a dentro,
veredas a dentro,
caminhar pro interior
chegar até o Itapacurá,
arrancar macaxeiras no paul,
comer batata-doce assada
por os pés no açude
e de lá não mais arredar o pé
e ao fim do dia,
antes de o sol se deitar,
deixar-me espreguiçar
numa rede de algodão
numa rede de algodão
lá no sítio de tio João Pequeno
e só voltar pra casa
com a alma lavada,
trazendo numa das mãos
uma enfileira de cajus encarnados,
na outra um ramalhete colorido
de flores-do-campo,
cravos silvestres, manjerona
e um cheirinho de alecrim,
que a dona Rosa Cunha insiste
e até se zanga,
se eu não os levar de presente
e até se zanga,
se eu não os levar de presente
ai que saudades do meu lugar,
ai que saudade danada
da minha Várzea das Acácias
ai coração, não se avexe não,viu?
por Deus do céu, tenha calma,
a paz que corre ali não tem preço
quero ir depressa
quero ir correndo pra lá!
Valeu meu caro poeta João Ludugero! Foi uma agradável surpresa ler seu poema aqui no blog de Várzea (VNT). Obrigado pelas lindas palavras e versos! Sucesso!
ResponderExcluirAdorei tudo e fiquei muito feliz de ver as coisas bonitas que vc escreve pra gente que é de lá da terrinha!
Um abraço,
Adelson