QUANDO A NOITE CAI
autor: João Ludugero
cai a noite
dobra o sino da igreja-matriz de São Pedro
badala as horas
as duas palmeiras balançam suas folhas
como tranças esvoaçantes ao vento
como que agradecidas saúdam
por mais um dia
falas e risos se misturam
brincadeiras na praça do encontro
burburinho de crianças
que driblam o tempo
com suas cirandas animadas
a fazerem o jogo dos contentes,
bem de frente das suas casas caiadas
que trazem sempre portas e janelas abertas
conversas de vizinhos nas calçadas,
gente de uma mente iluminada,
gente assim da nossa laia
que ainda acredita
no valor do abraço
na força do braço
e com desembaraço
sabe dar rasteira na tristeza
e a noite cai
no fim de mais um caloroso dia
vagalumes fazem sua festa à parte
ali na beira do açude do Calango
e por toda parte ronda a alegria
no rosto da minha gente tão hospitaleira
gente-gente que quebra o coco com toda força
mas que não arrebenta a sapucaia!
e assim vai vivendo o varzeano
a agradecer pelo presente divino
de ter bem vivido mais um dia
que foi lindo!
Olá, gostei muito do poema nunca li algo assim tão legal sobre a nossa terrinha...você usou as palavras supercertas. Bem que gostaria de saber escrever poesia assim, como você, mas infelizmente não tenho esse dom...meus parabéns....
ResponderExcluirJosé
Este poema demostra perfeitamente o sentimento de saudade da nossa Várzea... está excelente!
ResponderExcluirParabéns!
João Neto
Mil vezes adorei este poema!!!Tá lindo e diz muito com simplicidade o que sente uma pessoa que ama Várzea!
ResponderExcluirObrigado,poeta! Valeu demais...Assim vc me mata do coração...Morro de saudades de Várzea...Amo tudo ali. Obrigado pela poesia que me deixou feliz e morrendo de vontade de voltar pra lá... abraço, Jonas
Gente estou de boca aberta, com esse poema! Olha a minha cidade aqui gente!!! Meu Deus do céu, me segura! Cara vc é demais...como vc escreve assim, que dom que Deus te deu...manda mais pra nós matar as saudades!
ResponderExcluirbjo,
Cláudia