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VÁRZEA NOSSA DE CADA DIA




autor: João Ludugero

minha terra tem ariscos de água doce
e os encantos do açude do Calango
de águas verdes-musgo silenciosas
que espelham o mais bonito por de sol
que alaranja o poente numa saudade
que mais parece brasa a queimar
o peito da gente toda tarde
quando as lembranças se agitam
e pegam carona em nossas veias
e invadem nossos corpos, nossas casas

eu descambo para os Seixos
e mando os bons ventos me levar
Itapacurá afora, além dos marmeleiros,
com a alma envolvida de paixão
emaranhado nas flores do Maracujá,
enveredo-me por trilhas a planejar
minhas vontades, percorro meu lugar
de ponta a ponta, retiros a dentro

e se o meu coração perde as rédeas,
é inevitável o descaminho, o deserto,
e a minha cabeça se desgoverna carente
se minha terra eu não alcançar, pereço,
noutros palácios não me sinto rei,
cedo anoiteço, de certo, pode apostar,
por isso, eu quero a catedral de São Pedro apóstolo,
quero minhas esquinas, amanhã não, agora, já!

quero viver esse amor que não se acaba aqui
quero fazer a minha história de poeta-sonhador
quero acordar, quero sorrir, quero sonhar,
quero varzeamar, ao sol de cada novo dia
ressuscitando na minha gente a alegria
dando novo sentido à vida que vou levar,
abrindo o cofre do meu coração-fortaleza
para abrigar as velhas e as renovadas esperanças!
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João Maria Ludugero

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