BATISMO EM ÁGUAS VARZEANAS
Autor: João Maria Ludugero
Gosto de me banhar de sol
nos teus riachos de mel e pólen,
gosto de mergulhar no teu Calango
junto com a lua acesa, inquieta
a dançar no bronze da tua pele
Gosto de secar teu corpo suado
batizar-me em tua água salobra
numa mistura de água, sal e suór
a escorrer pela face da beleza,
ser o lenço a enxugar tua lágrima
de felicidade, ali no paredão,
toda vez que a saudade do açude
sangrar pelas margens do teu peito
Isso porque tua boca de beijar,
morena rosa, me queima afinal o juízo,
sem carecer de água com açúcar ou melado,
sou aquele colibri que invade teu bebedouro
e vai direto ao céu da tua boca de flor,
toda molhada de orvalho, serena,
ela fala por si só, sobre um desejo
de eterna doçura e temperança
Menina varzeana,
filha de Eva, diva perfeita,
resignado, esqueço de chorar o leite derramado,
tanto assim que reinvento um novo éden
e não nos incomoda mais a ideia
de sermos, outra vez, expulsos do paraíso,
desde que não calemos a paixão
diante de qualquer insensatez,
longe de qualquer mal que possa
conseguir sair da boca do homem
Poeta João, vc é beleza pura, alma de pura beleza, dos pés à cabeça e no coração...vc é sinônimo de paixão, de amor por um lugar chamado de Várzea, o nosso pequeno paraíso!
ResponderExcluirDeus te cubra de bênçãos e te ilumine mais e mais para escrever joias tão raras. Abs,
Maria José