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COM A MÃO NA LIDA E O PÉ NA TÁBUA












Autor: João Maria Ludugero

Ó, Minha Várzea, 
Se tu soubesses,
Como foi meu desencanto
Quando fui embora de ti...
Quando pude conhecer,
De perto, o caminho da solidão,
Que riscou com faca de ponta
As linhas da minha vida
Nas lidas da minha mão.

O destino traçou coisas diferentes,
Entregou-me à própria sorte,
Empinou luas cingidas
Longe do céu varzeano,
Cortou-me tranças, à força,
Tal qual Dalila a Sansão,
Deu-me nó cego no peito,
Fez-me cortar o coração!

E agora a minha poesia
É o que me resta, de certo,
É o que tenho pra me segurar,
É tábua de salvação!
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João Maria Ludugero

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2 comments:

  1. Sobre seu poema,
    só vou dizer uma palavra:
    Fantástico!
    Lila

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  2. ADORO SUA POESIA. LEIO O VNT TODOS OS DIAS E NÃO CANSO DE FAZER A LEITURA DE SEUS TEXTOS E POEMAS, DE LAVAR A ALMA DA GENTE. BELÍSSIMOS!
    ABRAÇO CARINHOSO,
    M.L.P.

    ResponderExcluir

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