SOU DA TERRA DE ANTONIO LUNGA,
O VENDEDOR DE CARANGUEJOS
O VENDEDOR DE CARANGUEJOS
Autor: João Maria Ludugero
Quer saber, vou te contar!
Disso tudo não me canso
Sou da terra do xerém
Da fava, do mungunzá,
Do cajá e do umbu,
Dos Seixos e do Trapiá,
Da arribaçã, do nhambu,
Do teju e do preá...
Sou das terras agrestinas
Do fértil solo varzeano,
Cresci no meio da roça
Do milho e do feijão verde
Da lavoura arranco versos,
Teço a lida, rezo um terço,
E por um mundo melhor
Vou plantando minhas manivas,
Vou tangendo o meu gado para o pasto
Com esperança na algibeira
Vou fazendo a minha vida.
Hoje estou em Brasília,
Distante do meu torrão,
Convencido de que o tempo
Não muda nosso desejo.
Na luta, imito meu povo, avanço,
Vou em frente, não fraquejo,
Pois na arte de versar
Sou forte, tenho traquejo,
Afinal eu sou da terra
Do 'seu Antonio Lunga',
Vendedor de Caranguejo!
Que bonito! Lembro-me de Seu Antonio Lunga que passava lá em casa vendendo caranguejo em Várzea. Ele morava no lajedo grande, adquiria os frutos do mar em Cangauretama, Baía Formosa e Tibau, e vinha direto vender suas cordas de caranguejos e siris por toda cidade. Que memória, heim poeta! Muito lindo o poema. Adorei. Isso é que é valorizar as pessoas da terra. Parabéns, VNT!
ResponderExcluirMarineide
Oh, João, como sempre, vc transforma todos esses sentimentos em lindas palavras e belas frases que juntas formam versos cheios de energia e alegria! Que visão bonita que vc guarda da sua terra e da sua gente!
ResponderExcluirBeijos,
Tânia
VÁRZEA, UM LINDO LUGAR NO MUNDO!!
ResponderExcluirEsse local parece que nos transmite uma energia inexplicável, a paz, a traquilidade, bem-estar. Só indo lá, preciso conhecer, já!
Sem comentários,acho que só conhecendo essa cidade para eu saber dessa paz que ela emana através dos versos deste poeta!
Kelly Cristina Dantas - Natal/RN
Concordo com todas as coisas que comentaram acima, é muito bom nos deixar levar por essa poesia maravilhosa a qual tem a força de carregar as energias que precisamos, nos alimenta com sensações inexplicáveis que esse lugar tão simples chamado Várzea pode nos proporcionar.
ResponderExcluirCaro poeta José Ludugero, sua poesia só reforça ainda mais que precisamos aproveitar a terra, o lugar em que vivemos a cada minuto, AGORA!
Abraços,
Maria Clara Pimentel
UFRN