O POETA, O RIO, A CRUZ E AS ALMAS
Autor: João Maria Ludugero
Eu lanço a rede
No fundo da memória,
Revolvo as águas da consciência,
Trago à tona a pesca compulsória
Peço a intercessão das almas varzeanas
Mais queridas, sem citar nomes,
Apenas penso nelas, como estrelas
Que estão além do azul anil do céu
E eu cá com meus anzóis,
Acabo por encher meu samburá
De poesia, sonhos e outras alegrias
Quisera eu, então, por um momento,
Abrir as comportas do meu coração
Só pra encher de amor o fundo dessas águas
De tantas lembranças e salobras saudades
E não é que me pego a versejar
Diante da Cruz do rio
Que deságua no Joca!
Daí, eu poeta-pescador, pássaro
Em pleno voo rasante, firme
Alvo estabelecido: o amor
Fisgo o esperado peixe.
Almoço feito!
Bastante bela a sua poesia...
ResponderExcluirGosto do seu jeito de escrever e de dizer sobre as coisas simples da sua terra. Bem legal mesmo. E de uma ênfase que emociona!
Lindos versos envolvendo sua poética pescaria e a intercessão das almas. Que maravilha!
Abraço.
Ernesto José Albuquerque Canabarro
Natal-RN