RIACHÃO
Autor: João Maria Ludugero
Gostaria de tecer
De engendrar um poema
Com cheiro de mato verde,
Com cheiro de terra
Com cheiro de terra
Com a lucidez do varzeano menino
Que um dia aprendeu a nadar
Que um dia aprendeu a nadar
nas águas salobras do rio de Nozinho
E muito bebeu das águas do açude do Calango.
Se sei, ah, eu sei muito bem
o que isso significa e declaro:
É Amor, puro Amor de verdade,
É saudade, é riacho que não seca,
É riachão que atravessa
Meu coração sincero, sem tamanho.
Porque gigante é o meu peito,
Que arde e queima por dentro,
E fica sem sair, doido de vontade
De lá sempre estar, satisfeito,
A balançar na rede de algodão,
A sentir o cheiro da casa de farinha
Lá no alpendre do arisco dos Marreiros,
Lá bem do outro lado de lá do rio Joca.
A sentir o cheiro da casa de farinha
Lá no alpendre do arisco dos Marreiros,
Lá bem do outro lado de lá do rio Joca.
Poeta João Maria, que maravilha.
ResponderExcluirSua poesia retrata as coisas simples e singelas. Quantas saudades da nossa Várzea, do amanhecer na beira do rio, de olhar os campos do Vapor. Um dia eu volto lá, para matar as saudades.
bjs,
Maria do Socorro
São Paulo-SP
Magnífico poema. Muito fera! Adorei.
ResponderExcluirPC
Poesia muito legal, maneira!!! Vale a pena ler sempre este site, cada dia melhor!
ResponderExcluirAbração,
Rai
Putz! Que maravilha de poesia! Se vale a pena ler, vale muito! Adorei. Abs, Lurdinha
ResponderExcluir