DA COR DO CÉU VARZEANO
Autor: João Maria Ludugero
Assinei a tela
Da natureza viva.
Pintei de azul o sonho
Que azulejou meus versos
Rubricados com beijos ardentes
Ao selar nosso amor, a lacre.
E para pintar meu cartão postal
Elegi o azul, pintei nessa cor
Rubricados com beijos ardentes
Ao selar nosso amor, a lacre.
E para pintar meu cartão postal
Elegi o azul, pintei nessa cor
A catedral de São Pedro.
Não colhi qualquer tinta,
Escolhi, sim senhor,
A mais bela tinta do amor,
Da minha paleta de aquarelas:
Se é que o amor é azul.
Elegi o azul
Para pintar o amor.
Se é que o amor é azul.
Elegi o azul
Para pintar o amor.
Azul da cor do véu da Mãe de Deus
Azul do céu
Que desce dos teus olhos
Toda vez quando te roubo um beijo
Toda vez em que furto-cores
Toda vez quando te roubo um beijo
Toda vez em que furto-cores
No pôr-de-sol encarnado
Ao entardecer lá no Calango
Colhi uma pena azul pavão
Azul paixão que se foi ao Vapor
Perto de mim, acendi uma vela
Lá no Cruzeiro, fiz a oração
Acendi a chama de amar
Chamei a inspiração
De um intenso azul
Da terra dos Bentos
De um intenso azul
Da terra dos Bentos
Desabrochou no meu peito
Uma flor cheia de graça.
Avé-Maria!
Estou a salvo do purgatório
Outras velas vou queimar
Vou deixar arder
Em meus versos simples,
Vou plantar esperanças novas,
Uma vez que acordei
Do sonho, da utopia, ao cair na real,
Mas, ainda assim, sonhar não foi em vão.
Ainda acredito na força que pulsa
Que anda comigo,
Além das duras penas,
Que carrego, que me seguem a sangrar
Bem no interior, lá dentro do meu coração
De intenso azul varzeano
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