Do VNT escrito por Adriano Miguel
O Ministro afirmou durante a solenidade de comemoração dos 200 anos da Biblioteca Nacional no Rio, que somente municípios que mantenham bibliotecas públicas terão direito de receber verbas do ministério. A medida será detalhada por meio de portaria ministerial a ser editada ainda este ano e objetiva garantir que os prefeitos invistam na manutenção das bibliotecas.
“O Brasil já zerou o número de municípios sem bibliotecas, mas elas acabam fechadas, porque os prefeitos não acham relevante pagar duas bibliotecárias e três funcionários”, disse o ministro. Por isso, segundo ele, o governo vai elaborar uma portaria que exigirá que os municípios tenham um biblioteca pública, caso contrário não terão direito a recursos federais.
“Já zeramos o déficit de bibliotecas por duas vezes, mas quando pesquisamos vimos que há mais de 100 municípios que fecharam os espaços”, destacou o ministro.
Já dá para se vê a correria dos caciques, dizem: “não podemos e não devemos deixar nossos pobres municípios sem a cultura literária”. Nunca na história desse país se viu dá tanta importância as modestas, porém necessárias bibliotecas.
Corre de lá para cá, em um zigzag frenético, estridente e titubeante. Fanáticos capitalistas.
É notável que o descaso, muito se dá também pela falta de atenção da parte da população que raramente frequenta ambiente como esse. Esse descaso da população reflete nos seus representantes locais que por fim resolve dizer com outras palavras que a necessidade de uma biblioteca e insignificante quanto ao custo-benefício delas.
Voltando a realidade de um Brasil onde mal se lê provavelmente mal se escreve.
"Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê", já nos alertava Monteiro Lobato.
Quando se pensa em avançar na educação não se pode deixar de lado a questão de locais providos de uma ambientação adequada e também políticas de incentivo.
Falta de implementação de políticas voltadas a essa questão, ao pouco incentivo nas escolas de uma maneira a envolver os alunos nessa esfera tão envolvente e intrigante que é o mundo literário.
Um bocado de lá um pouco de cá, pronto teremos uma nova geração voltada aos livros e aos estudos.
Aqui na Região Agreste Potiguar é notável esse abandono, tanto em questão de não haver bibliotecas nas cidades como também a falta de atualização das existentes, estas contendo livros apenas de caráter históricos, antiguíssimos poucos relevantes para pesquisa de valor atual.
Exemplo notável de correria para que até o fim deste ano ponha em funcionamento a única biblioteca que existia na pequena Várzea/RN, digo existia porque há quase quatro anos ela deixou de funcionar, praticamente existir. A secretária atual que esteve nas últimas gestões e viu de perto a perca do acervo da biblioteca atual por um descaso dos políticos e da secretaria de educação local.
É incrível como isso ainda acontece com freqüência, acredito que em todo Brasil. Para um país que quer ser grande, isso não deve acontecer.



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