AUSÊNCIA
Autor: João Maria Ludugero
O que esse cara
Fez do dia que ao nascer
Era névoa, neblina?
Acordou palavras
Que há muito não usava,
Palavras sem ressentimento,
Não iguais à noite passada
Em que a chuva tudo molhara
Até o rosto disposto a lágrimas
Renitentes em salobras lembranças
Que se esvaíram desse corpo volátil.
Onde antes se estampara tua miragem
Não mais estavam presentes
As formas de um amor futuro...
Será que ficaram no passado?
Interpretei tua ausência,
Não mais vejo tua face
No espelho quebrado...
Estavas predestinada
Ao sumidouro sem esperança
Dos sonhos acordados.
E agora, não mais interessa
Juntar os cacos... ao ensejo,
Passo sem pretexto, sóbrio,
Já que nenhuma pretensão almejo,
Pois ora só quero te dizer: Adeus!
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