VÁRZEA E O CARRO-DE-BOI
VÁRZEA E O CARRO-DE-BOI
Autor: João Maria Ludugero
Lá vai o carro de boi
Lá vai o carro encantado
Pelas bandas do Vapor
De Seu Zuquinha Ribeiro
Vai levando minha saudade
Carregadinho de manivas
Vai conduzindo o sol
Vai levando sisal e cana-caiana
E umas sacas de farinha de mandioca
Vai cruzando a estrada nua
Vai abrindo o céu
Nas poças d'água do chão
Vai gemendo pelos trechos
Deste meu simples poema
Nestes singualres versos
Que me chamam ao interior
Que me levam à nossa Várzea
Pelos caminhos de terra.
Enquanto meu coração
Se atrela a uma toada de amor
Que se compadece aos gemidos
Daquele carro-de-boi,
Daquele que atravessa os ariscos
Com suas rodas maciças
Com dois bois domesticados,
Mansos com olhos de selo,
Desses que rubricam pra sempre
A alma do ser, seja com esmero
Ou com valoroso desvelo,
No preciso estalar dos cascos
Que conduzem precisamente
O precioso tempo da vida
Que leva a gente... ôxente!
joão maria vc é realmente conhecedor da vida do campo e da cidade,pois és um amigo que nunca vai esquecer de tuas origens parabéns.seu amigo Rosinaldo.
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