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LABIRINTO |
Autor: João Maria Ludugero
Venha se deitar
Comigo
Desarrumar minha bagunça,
Desarrumar minha bagunça,
Iluminar meus versos.
Entre dentes, lábios e língua
Escrever nosso verbo,
Entre dentes, lábios e língua
Escrever nosso verbo,
Eu consigo,
Claro que consigo
Claro que consigo
Atravessar os avessos de nós,
Sem cortar os nós
Que podem ser desatados,
Sem cortar os nós
Que podem ser desatados,
Escutar a carne do coração tremer
Num pulsar ritmado,
Cadenciado
Pela música que ecoa a léguas
Que soa, emana e entoa,
Que nasce na embocadura
Dos teus olhos de deusa,
Que me anima a achar
O fio de ouro da meada,
Levando-me ao canjerê
Sob a linha de Ariadne,
Sem desmanchar o laço,
Sem me largar no mato
Sem cachorro,
Pela Várzea afora,
Pela Várzea afora,
Nesse bater incansável
Que me doa utopia,
Eira e beira,
Só pra permanecer
A bater o tambor
A bater o tambor,
A bater sem trégua,
Sem deixar se abater,
Sem morder a língua,
Sem roer a corda,
Sem morder a língua,
Sem roer a corda,
Sem morrer à míngua,
Sem largar a mão
De bater sem parar
De encarnar a lida de comando
No tambor da poesia que reina,
Que circula em minhas veias,
Sem se queixar de começar
Sem se queixar de começar
De novo a alinhar
O novelo.
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