PELEJA QUE VALE A PENA
Autor: João Maria Ludugero
Na palma calejada
Das mãos,
Das mãos,
No acunhar
Das enxadas secas
Das enxadas secas
Na fome
Por terra e sustento
Por terra e sustento
De sonho em sonho,
Numa peleja
Que vale a pena.
Numa peleja
Que vale a pena.
Enxada na mão valente
A arar a terra,
Sol e Vapor
Na lida,
Antes mesmo
Do acorde
Sol e Vapor
Na lida,
Antes mesmo
Do acorde
Do cantar do galo,
Quando o dia nasce
E não se perde tempo
Ao se preparar
A terra nua
A terra nua
Para receber as favas,
No plantio
Das sementes
Das sementes
Ao cair das primeiras chuvas
De nuvens
Carregadas do céu
Carregadas do céu
A encher os olhos da gente
De gratidão, alegria e festa
Pelas águas que desabam
Nas cheias
Nas cheias
Sobre a boa Várzea,
Renovando
Renovando
A esperança,
Apesar de inundar
Apesar de inundar
As ribanceiras
Do rio Joca ao Riachão.
Do rio Joca ao Riachão.
"...Ao cair das primeiras chuvas
ResponderExcluirDe nuvens
Carregadas do céu
A encher os olhos da gente
De gratidão, alegria e festa
Pelas águas que desabam
Nas cheias
Sobre a boa Várzea..."
Que maravilha é poder vir aqui e cada dia mais ficar com a alma em êxito e rejubilada pelas belas palavras deste grande poeta da nossa terra varzeana! Leio e releio seus textos e, de saudades, começo a chorar com vontade de está lá em Várzea tomando banho no rio, apreciando as cheias e as roças plantadas ali no Vapor de Zuquinha. Que poesia! Valeu poeta! Obrigado, por você existir e nos fazer tão feliz assim com suas palavras.
Abraços,
José