Autor: João Maria Ludugero
Um rio salobro chamado Joca
Na seca, um poço de Nozinho
Na cheia, uma travessia para o Riachão
Uma ponte molhada
Que quase sempre, feito um Sonrisal,
Se esvai com as águas da enchente
Um milharal um roçado de feijão
Uma plantação de macaxeira,
Um paul de batata-doce e mandioca
Uma tarde amena uma Várzea um Vapor vital
Um coqueiral na margem do rio uma cruz
Uma plantação de macaxeira,
Um paul de batata-doce e mandioca
Uma tarde amena uma Várzea um Vapor vital
Um coqueiral na margem do rio uma cruz
No outro lado do algodoal um curral uma casa de farinha
Uma Vargem um Calango um açude um canavial
Um agreste verde um Riacho do Mel
Uma galinhada nos Seixos uma trilha um preá
Um coco verde um Maracujá, umbu e gravatá
Um coco verde um Maracujá, umbu e gravatá
Um arisco de água doce, manga e caju
Um capim grosso um sisal uma melancia um jerimum
Um sítio uma Forma uma horta um quintal
Uma lenda uma mulher que chora
Um carro encantado que nunca chega
Um sítio uma Forma uma horta um quintal
Uma lenda uma mulher que chora
Um carro encantado que nunca chega
Um Mateus Joca Chico, um Capitão Gonçalo
Entre tantos outros e outras pessoas queridas
Que já se foram morar na outra banda,
Mas deixaram suas marcas
Muito além das quatro bocas da rua grande.
Um Itapacurá um campo um arado um trator
Entre tantos outros e outras pessoas queridas
Que já se foram morar na outra banda,
Mas deixaram suas marcas
Muito além das quatro bocas da rua grande.
Um Itapacurá um campo um arado um trator
Um folguedo de São João
Compadres e madrinhas de fogueira
Compadres e madrinhas de fogueira
Uma canjica, um bolo preto uma animada quadrilha
Uma pipoca, uma pamonha, um estouro de rojão
Uma saudade tamanha do Seu Bita
Uma pipoca, uma pamonha, um estouro de rojão
Uma saudade tamanha do Seu Bita
Um boi-de-reis, uma igreja azul
Entre duas verdejantes palmeiras imperiais
No topo, o apóstolo São Pedro a nos abençoar
Um andor, uma procissão uma promessa
Uma cultura de fé, uma novena de maio uma reza
Uma antiga esperança nova
Uma cidade hospitaleira um Estádio Limão
Um povo a torcer pelo Várzea E. C.
Uma bola em jogo uma vibração um time
Que veste a camisa e acredita na vitória
Sem ter medo da vida em competição
Uma ida e vinda, a alegria de uma chegada
Que veste a camisa e acredita na vitória
Sem ter medo da vida em competição
Uma ida e vinda, a alegria de uma chegada
A feirinha-livre aos domingos
Um choro escondido na partida,
Um choro escondido na partida,
Outra vez uma saudade que fica
Uma escola um cruzeiro em madeira
Uma praça do encontro uma algarobeira
Uma rua da pedra, paralelepípedos
Um agosto de cultura em festa.
Que beleza, que beleza!
Que beleza, que beleza!
Várzea, um amor em suma
Minha terra amada das acácias e dos ficus
Minha gente contente e bonita
Que ainda pode viver e sonhar, sim,
Que ainda acredita nesse pequeno pedaço de paraíso.
Minha gente contente e bonita
Que ainda pode viver e sonhar, sim,
Que ainda acredita nesse pequeno pedaço de paraíso.
João, poeta, tu és o cara!!!
ResponderExcluirLinda poesia. Gostei demais.
Como podes fazer coisas tão bonitas com tuas letras benditas? És único!
Grande abraço,
Adelson
O VNT está de parabéns!
ResponderExcluirComo é para o bem de todos:
Que sempre viva o VNT!
O site que não precisa
de ranking para acontecer...
Aqui você se encontra!
Viu, como você viu?
Não dá pra ficar sem o VNT!
O site que eu amo de paixão.
Vera
Eu também tô aqui dentro, todos os dias.
ResponderExcluirE pretendo continuar VNanTenada!
Pra que ir tão longe, ficar por aí à toa,
Se o que eu preciso encontro aqui, numa boa?
Notícias de primeira mão, atualizadiíssimas,
festas, artistas, curiosidades, gente bonita,
poesia de categoria, cor e vida... De que mais careço? Eu tô dentro, e se tô dentro, fico! E ponto.
Eu estou VNT e não abro mão.
Gosto de bologs inteligentes.
Sônia
Errata:
ResponderExcluirEu disse "bologs".
Leia-se: Blogs.
Gosto de botar os pontos nos "is". É por isso que acompannho quem entende de notícias com qualidade, nos trinques. O VNT é claro!
Sônia