Autor: João Maria Ludugero
Juro que não lembrei de esquecer,
Juro que não lembrei de esquecer,
Nem poderia pensar numa coisa dessas.
Ainda guardo o travo na minha língua
De todos os gostos da minha Várzea.
O gosto das doces pitangas do Maracujá
Umedecidas no sereno da chuva!
O gosto dos cajás lá do riacho do mel
E dos umbus, das melancias de praia,
Dos coquinhos das urtigas e dos canapus
O gosto dos cajus e das mangas
Amadurecidas no pé, sem veneno.
O gosto dos juás, dos ingás e das pitombas
O gosto das melancias partidas ou rachadas na hora
Cultivadas no roçado lá do Vapor de Seu Zuquinha.
Trago na boca o sal da pipoca de milho-alho,
De carne-de-sol assada na brasa,
Misturada com cebola roxa e farinha de mandioca!
O gosto da galinha caipira torrada nos Seixos
Sinto o cheiro do torresmo de porco e da fuçura
Vindo lá da casa de dona Rosa de Antonio Ventinha
Sinto o cheiro nas narinas do pão quentinho
E das bolachas regalias da padaria de Seu Neném Tomaz
Do bolo preto de Marinam de Lica, dos sequilhos e carrapichos,
Do bolo de milho de dona Zidora Paulino
E das batatas assadas na fogueira de São Pedro,
Nas brasas e cinzas levantadas
Pelas quatro bocas da rua Grande.
O cheiro de mocotó, de coalhada, manteiga e queijos.
O cheiro da casa de farinha, das tapiocas e dos beijus
O cheiro de jerimum caboclo e da farofa de piabas
Que a gente pescava lá no rio Joca!
O cheiro de cuscuz com coco e ovo frito
De todos os gostos da minha Várzea.
O gosto das doces pitangas do Maracujá
Umedecidas no sereno da chuva!
O gosto dos cajás lá do riacho do mel
E dos umbus, das melancias de praia,
Dos coquinhos das urtigas e dos canapus
O gosto dos cajus e das mangas
Amadurecidas no pé, sem veneno.
O gosto dos juás, dos ingás e das pitombas
O gosto das melancias partidas ou rachadas na hora
Cultivadas no roçado lá do Vapor de Seu Zuquinha.
Trago na boca o sal da pipoca de milho-alho,
De carne-de-sol assada na brasa,
Misturada com cebola roxa e farinha de mandioca!
O gosto da galinha caipira torrada nos Seixos
Sinto o cheiro do torresmo de porco e da fuçura
Vindo lá da casa de dona Rosa de Antonio Ventinha
Sinto o cheiro nas narinas do pão quentinho
E das bolachas regalias da padaria de Seu Neném Tomaz
Do bolo preto de Marinam de Lica, dos sequilhos e carrapichos,
Do bolo de milho de dona Zidora Paulino
E das batatas assadas na fogueira de São Pedro,
Nas brasas e cinzas levantadas
Pelas quatro bocas da rua Grande.
O cheiro de mocotó, de coalhada, manteiga e queijos.
O cheiro da casa de farinha, das tapiocas e dos beijus
O cheiro de jerimum caboclo e da farofa de piabas
Que a gente pescava lá no rio Joca!
O cheiro de cuscuz com coco e ovo frito
Lá da casa de dona Maria de Seu Odilon.
O cheiro de café coado no saco de pano,
De café torrado com rapadura e mascavo,
Da mistura dos gostos da panela de barro
E muitos outros eternos aromas da terra varzeana.
Esses gostos, esses cheiros ainda sinto no ar.
Ainda guardo com gosto esses travos de saudade!
O cheiro de café coado no saco de pano,
De café torrado com rapadura e mascavo,
Da mistura dos gostos da panela de barro
E muitos outros eternos aromas da terra varzeana.
Esses gostos, esses cheiros ainda sinto no ar.
Ainda guardo com gosto esses travos de saudade!
Querido Amigo João, rapaz como você ainda lembra de tudo isso... Isto é bonito demais da conta! Você só nos deixa com o coração na mão, de emoção. E quando não faz muita gente chorar de saudade de Várzea!? Eu acabei de enxugar os olhos lacrimejando, mas o coração disparou de vontade de ver minha gente, minha terrinha amada, que existe e fica lá no Rio Grande do Norte. É a minha Várzea, gente! Leiam e sintam este retrato falado que o poeta fez do amor que ele sente por Várzea e pela sua gente. Valeu, poeta João Maria. Tu sempre serás nosso maior orgulho! Nós gostamos muito de você. Guarde isso na cabeça e no coração, pra sempre.
ResponderExcluirJosé, um grande amigo de Várzea,
Diretamente do Rio de janeiro - RJ.
Eu venho sempre aqui várias vezes ao dia. Adoro ler suas poesias. Fico feliz quando leio o que você escreve. Me sinto assim toda orgulhosa de morar em Várzea. Olha João Maria sabia que você tem uma legião de amigos aqui na sua terrinha? Nunca esqueça da gente. Esquecer, foi isso que eu disse? É ruim, hein? Nunca esquecerás do teu amado chão nem daqueles que te adoram. Nós te amamos, e não é pouco. Acho que já sabes disso muito bem. Quem em Várzea não conhece o poeta maior da nossa terrinha? Tu não sabes quanto bem que fazes em propagares tua Várzea Brasil a fora, mundo afora... longe, longe! Nós estamos pelo mundo, através da Internet. Várzea é vista no mundo todo. E tu em muito tens contribuído para espalhar tanta beleza, com tuas letras bem boladas, com tua poesia de amor à tua amada Várzea das Acácias. Grande João! Abraços,
ResponderExcluirdo Amigo Arnaldo.
Natal-RN
Menino, quanta beleza no seu poema!
ResponderExcluirtô bege! Como podes escrever bonito assim,
baseado em coisas tão simples da sua Várzea?
Deve ser amor à terrinha!
Tenhas um grande e iluminado fds!!!
Bjs,
Chica
Recife-PE
Querido poeta Joan María Ludugero, buenas noches! ¡Salud! Me alegro de que se encuentran uno de sus blogs y yo puedo decir esto:
ResponderExcluirMe encanta visitar este blog, sólo para poder llegar a su poesía muy maravilloso. La poesía hace a su tierra de encantos y la simplicidad. Me encantaría conocer su país, conocer su gente, su cultura y raíces, así como proclamar bienaventurados con su poesía, llena de alegría y bendiciones. Un momento como este que voy allí, pero me temo que para acurrucarse con la lengua, tendría que tener un traductor conmigo, porque yo sigo siendo complicada en portugués hablar con claridad. Voy a volver aquí en este blog más a menudo y me lleve más de leer los poemas espléndidos. Me gustó mucho su poesía sobre anhelo por un buen tiempo que vivió en su querida ciudad. Felicitaciones por su bella poesía escrita en versos tan amoroso y lleno de luz. Me gustó la parte de atrás y el derecho a disfrutar de sus poemas. He hablado demasiado. fuerte abrazo. Que un día podamos conocer e intercambiar experiencias de la literatura.
Volnër Di Ferragnolli Blancarinni Vazquez
Poeta y profesor de literatura en España