Autor: João Maria Ludugero
De que cor que era
A rede de algodão
Que se armava lá no alpendre
Da minha casinha branca
Que ficava situada ali na Várzea,
Bem ali na rua das pedras
Que escorregava até o rio Joca?
Tinha a mesma cor da farinha crua
De fazer escaldado
De leite de cabra e beiju,
Que o guri tanto gostava de saborear
Tanto assim que, muitas vezes, até achava
Que estava degustando a lua redonda
Em forma de tapioca recheada
No coco e na manteiga-de-garrafa,
Deitado sob a brisa
Que balançava a rede
Resserenando ao relento,
Como se fosse adormecer no poente,
Numa tarde espreguiçadeira
Do tempo que não havia ferrolho
Nas portas que não se fechavam bem.
Não precisavam de trancas!
Nem as janelas careciam de tramelas,
Pois se abriam sem esforço nem alarde,
Apenas com um simples assobio do vento.
Porque ali a gente estava seguro.
Ali a gente se completava à paisagem
E se via contente bem-se-querendo
Sem caçoar da sorte,
Batendo no compasso da vida,
Feito um menino travesso
Com poucas vestes,
Mas obediente e feliz,
Assistindo a tudo, às claras,
A comer sua bacia de pipocas,
Sem arengar com as horas.
E para não perder aquele costume,
Para que o coração continue a bater,
Ora me brinca este moleque
Com versos sem rima,
Mesmo que seja só para não sair
Do ritmo que lhe chama
Ao interior do coração,
Ao soar das cores vertentes
Da sua amada Várzea das Acácias,
Num doce olhar inarredável sobre
Esse pedacinho de paraíso que existe,
Onde ele leva a alma para tomar banho
E mergulha fundo no azul
Que lhe dá firmamento
Nesse lindo voo,
Sem tirar os pés
Do chão nascente.
A rede de algodão
Que se armava lá no alpendre
Da minha casinha branca
Que ficava situada ali na Várzea,
Bem ali na rua das pedras
Que escorregava até o rio Joca?
Tinha a mesma cor da farinha crua
De fazer escaldado
De leite de cabra e beiju,
Que o guri tanto gostava de saborear
Tanto assim que, muitas vezes, até achava
Que estava degustando a lua redonda
Em forma de tapioca recheada
No coco e na manteiga-de-garrafa,
Deitado sob a brisa
Que balançava a rede
Resserenando ao relento,
Como se fosse adormecer no poente,
Numa tarde espreguiçadeira
Do tempo que não havia ferrolho
Nas portas que não se fechavam bem.
Não precisavam de trancas!
Nem as janelas careciam de tramelas,
Pois se abriam sem esforço nem alarde,
Apenas com um simples assobio do vento.
Porque ali a gente estava seguro.
Ali a gente se completava à paisagem
E se via contente bem-se-querendo
Sem caçoar da sorte,
Batendo no compasso da vida,
Feito um menino travesso
Com poucas vestes,
Mas obediente e feliz,
Assistindo a tudo, às claras,
A comer sua bacia de pipocas,
Sem arengar com as horas.
E para não perder aquele costume,
Para que o coração continue a bater,
Ora me brinca este moleque
Com versos sem rima,
Mesmo que seja só para não sair
Do ritmo que lhe chama
Ao interior do coração,
Ao soar das cores vertentes
Da sua amada Várzea das Acácias,
Num doce olhar inarredável sobre
Esse pedacinho de paraíso que existe,
Onde ele leva a alma para tomar banho
E mergulha fundo no azul
Que lhe dá firmamento
Nesse lindo voo,
Sem tirar os pés
Do chão nascente.
Bonjour, VNT, très bonne journée, poète Joan Marìa Ludugero! Qu'elle est belle, sa littérature, de sages paroles, splendide, même chaleureuse, pour reprendre la vie du peuple et nous faire aller à prier écrire de la poésie fantastique! J'aime votre texte bien structuré, moderne, contemporain, vous êtes un grand seigneur de la chanson bien écrite. J'ai bien aimé votre poème et photographie magnifique qui combine le texte comme une beauté et un cadre digne mille délices. Quel bel endroit c'est Várzea,votre plaines inondables? Puis-je demander où il est? C'est dans cette partie du Brésil? Un de ces jours, je vous jure que je leur rendre visite et de sauter à droite sur cette belle bascule à vivre. Santé et bonheur durable, aujourd'hui et éternellement.
ResponderExcluirLacombe M. Cousteau Philippe, professeur de littérature et de docteur de médecine légale en France. Au revoir! Hugs.