Autor: João Maria Ludugero
Estando preso ao aço
dos teus olhos,
esqueci-me do clarão dos meus.
esqueci-me do clarão dos meus.
Mas desvencilhei-me sem alarde,
de cabeça erguida, pra frente,
a tempo de não ser tarde
para cortar os laços.
Ora ninguém me segura!
Acabei por desatar
meu coração de nós.
Não estou atrasado
para chorar. E choro,
mesmo por dentro a me lavar
a alma e a esvaziar
o grito na garganta,
a desmentir o velho ditado
de que homem não deve chorar.
Depois rio, com vontade
quero ir ao mar
sem desespero.
quero ir ao mar
sem desespero.
Do fim ao recomeço,
quero chegar, sem me afogar.
Adiante, sei que outros abraços me esperam
sem pressa, a tempo de me fazer pulsar
num palpite de ganhar o mundo
Adiante, sei que outros abraços me esperam
sem pressa, a tempo de me fazer pulsar
num palpite de ganhar o mundo
montado na garupa
do porvir, de ofício,
num bater incansável
dos cascos desse tempo
que vai me levar
que vai me levar
a um novo amanhecer,
a partir do agora-já!
Porque nasci para ser feliz.
Não tenho mais dúvidas disso.
E a vida não mais vai me endividar
com suas supérfluas manhas
e ligeiros artifícios.
Sedento por viver,
não vou mais atirar garrafas ao mar...
aprendi na lida a salvar
o Amor que ainda guardo comigo!
que lindo poema. parabéns.
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