Autor: João Maria Ludugero
Várzea,
minha Cidade das Acácias,
quando em mim tu fores silêncio
e o próprio rio Joca esvair-se
pelo vale das águas salobras,
hei de em ti permanecer,
e o próprio rio Joca esvair-se
pelo vale das águas salobras,
hei de em ti permanecer,
desde o Vapor ao açude do Calango,
e em tua vargem jogarei
e em tua vargem jogarei
com aquele magote de meninos
que, mesmo descalços,
ainda sonham acordados.
Não importa que diante do estio
Não importa que diante do estio
o leito do rio siga o seco,
ainda assim estarei a andar pelas areias,
bebendo da água fresca de suas cacimbas
E, ao fim de cada tarde amena,
seguirei feito brisa leve
pela calçada da igreja-matriz
e atingirei as duas palmeiras
de São Pedro Apóstolo!
Mas até esse dia chegar,
quero respirar, até o último momento,
teus ares mais puros, curtir tua gente,
teus ares mais puros, curtir tua gente,
apreciar tua natureza, teu solo e riachos,
até que tudo venha a se diluir em Vapor.
Daí, o meu espírito seguirá altivo
Daí, o meu espírito seguirá altivo
se desmanchando em esperanças novas,
sem dizer adeus a ti, ó Várzea,
posto que estarei sempre vivo,
serei vertente a jorrar
pelos vales férteis
do teu agreste verde.
Poeta João Maria,
ResponderExcluirpoeta mais lindo de viver!
Sabia que vc sabe ser bonito
por dentro e por fora?
Sabia que vc é muito amado,
que Várzea também te ama um bocado?
Me entusiasmei com seu texto e resolvi
te mandar esse recadinho: VÁRZEA TE AMA!
NICE