Descortinando a paisagem
Num fascínio sem igual,
Vou sentir de perto o verde agreste
Sentir o cheiro da mata
Rever as lindas acácias
Poder correr novamente
Apreciar o sol poente
E as belezas lá de Várzea.
Ver bodegas e escolas,
Sua praça do encontro,
Sentir o calor humano
Daquela gente hospitaleira
Da minha cidade altaneira
Que respira paz aos quatro cantos
Quero apreciar seus lajedos,
Curtir suas estradinhas de terra
Andar a todo Vapor
Do rio Joca ao açude do Calango.
Emaranhar-me na algarobeira,
Dar vazão a minha ânsia,
Cantar cantigas de aboiar gado bravo
Rever os amigos de infância
Renovando as esperanças,
Contemplarei o cenário
Dos Seixos às lagoas compridas
Ouvindo o som dos canários
Ficarei por conta disso
Apenas matando a saudade
Da vida simples e pacata
Que leva a minha cidade da cultura,
Sem dar trela aos compromissos.
Abraçar minha boa gente,
Sentir esse lugar que me dá chão,
Minha Várzea de Ângelo Bezerra
E da inesquecível Joaninha Mulato.
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