Autor: João Maria Ludugero
Imagino quantas palavras,
pequenas ou não, o vento leva,
quantas ele traz direto ao meu poema.
Vento propício, lindo, profundo, forte.
Indo e vindo belo e favorável
a trazer boas novas!
Vento inesperado de um novo tempo,
venha e se estenda assim pelas varandas
a abrir caminhos, portas e janelas da minha Várzea.
Chegue mais perto, buliçoso e inquieto
venha arteiro balançar as tranças
das meninas-moças contentes,
venha desfolhar as palhas dos coqueiros
e das palmeiras de São Pedro apóstolo.
Ah, como eu gosto desse vento
que alinha o horizonte varzeano.
Vento que me atiça a memória, dando-me norte,
e nas entrelinhas bafeja meus versos,
evaporando pra longe a tristeza do Joca.
Venta e traga ares mais puros
numa brisa amena, calorosa,
que avança pelas margens do rio
e se alastra pelas quatro bocas
pelos pés de moleques saudáveis, espertos,
que, aos magotes, serelepes pintam
o sete na minha Várzea das Acácias,
numa lição de amor que vira crença!
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