Outros ventos virão,
outras trilhas, outros verões
e quantos olhares primaveris
já perfumei espaços afora,
em quantas folhas perdi a cor
e noutras me fotossintetizei reverdecido.
Muitos sóis já fiz morrer nesta vida,
depois de muitas luas.
E renasço sempre noutro amor,
nas cores de outra aurora.
outras trilhas, outros verões
e quantos olhares primaveris
já perfumei espaços afora,
em quantas folhas perdi a cor
e noutras me fotossintetizei reverdecido.
Muitos sóis já fiz morrer nesta vida,
depois de muitas luas.
E renasço sempre noutro amor,
nas cores de outra aurora.
Diversos corpos já enterrei, dentro de mim.
Habitei outras peles
em carne e osso, escorei-me.
em carne e osso, escorei-me.
Encostado nasci de novo, com gozo
oriundo do próprio sangue, do sal do solo
das cinzas e dos véus
das mortalhas da noite,
das mortalhas da noite,
num outro eu, a cada morte
revigorado, sobrevivi.
revigorado, sobrevivi.
Contudo, esse outro eu,
talvez seja o mesmo,
talvez seja o mesmo,
recém-saído da penumbra,
encarnado sem retoques,
encarnado sem retoques,
afoito feito vela de acender, esperança porvir,
veleiro em flor a atravessar braço de mar,
achada garrafa de náufrago com mapa,
croqui de um bem-querer de novo amar.
Ainda sou embocadura,
sou rio a lapidar
sou rio a lapidar
pedras, perdas necessárias
na bateia da lida...
na bateia da lida...
Assim posso ser eu,
brilho de diamante, de certo
brilho de diamante, de certo
amante do dia,
vela aberta na mente,
mar adentro...
vela aberta na mente,
mar adentro...
Até dobrar o cabo
das tormentas, e consigo.
das tormentas, e consigo.
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