Autor: João Maria Ludugero
Acredito
Acredito
num Deus que dança,
um ser que não se cansa
susceptível pelo radar dos sentidos,
que pode ser invocado
através do silêncio das coisas
até no pensamento
que constitui ponte
de cordas lançadas
de dentro para o alto,
sobre a amplidão dos acordes,
pois, deles se escuta o assobio de Deus
assim numa cantiga, de súbito,
numa música solene, de certo,
que anuncia, dia-após-dia,
os passos do transeunte
que chega ou que parte
na animada estação
que nos enleva alma e corpo,
sob as mãos de Deus,
que nos concede essa dança,
sob os passos de Deus,
no ritmo das horas,
sob a batuta da vida
que nos convida, de pronto,
sem carecer de ensaio, nem precisa,
aos embalos da lida,
até só restar a última cadeira
quando saímos da penumbra
para ver o semblante de Deus,
quando a dança suprema
nos chama à saideira,
porque o bailinho
nos fecha as cortinas,
e o mundo da gente
cabe nessa dança,
cabe nessa dança,
êh, bagaceira!
até nos fazer perder o juízo!
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