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VOLÚPIA EM VERSOS, por João Maria Ludugero


Com avidez,
sei que posso tecer 
um poema
assim num cantinho 
com acordes 
de astros
enamorado das letras 
como quem abre a claridade 
para ouvir as palavras por mim sentidas,
advindas dos clarões de baunilha 
que recendem da tua boca
na tua voz rouca a descrever as coisas,
assim como quem entrega a alma 
a se atirar corpo-a-corpo
num latejar de ânsia febril 
onde o desejo se inflama, consentido,
onde o beijo bebe com volúpia,
soletrando sílabas sensuais
em rimas de balbuciadas metáforas
no encontro de lábios ardentes
percorrendo poros palpitantes,
A rasgar com encanto a verve 
do que não estava escrito
E num afoito jogo de línguas 
passo a afagar a pele suada com fulgor,
na incessante busca 
de quem se perde nos labirintos
de frente e verso, de ponta à cabeça, 
numa paixão infinita, quase profana, 
no intuito de atingir, por um átimo de tempo, 
a vertente veia do clímax, sem esquivos,
mesmo que seja no ditoso orgasmo 
de um ávido e penetrante verbo.
Porque eu posso tecer um poema
com amor, dado que não me falta tempo,
posto que para a vida 
tenho o amor que me basta.
Daqui posso tecer seu porvir em versos,
a partir do poema que traço.
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João Maria Ludugero

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