um coração desvairado
que não mede as consequências,
faz pouco caso de ordens
ou acata conselhos.
À revelia, me usa ao bel-prazer
e abusa de autoridade.
Entrementes, nesse compasso,
sem apresentar defesa a tempo,
acabo sempre por sofrer sentença
que não transita em julgado. E a sanção,
mesmo que seja em regime fechado,
presto-me a cumpri-la à risca, resignado,
uma vez que não tenho alternativa.
O remédio é perpetuar a tela,
entretido em cores vivas e pincéis.
E assim aliado ao voo que liberta
- vou pintando palavra por palavra,
sem exasperação das penas
- vou pintando palavra por palavra,
sem exasperação das penas
entre-tecidas na remição
da poesia que invento,
leve, livre e solta, dia-após-dia,
da poesia que invento,
leve, livre e solta, dia-após-dia,
perante as paredes brancas,
onde esboço horizontes azuis
a partir de janelas sem trancas,
recriando espaço que se expande
e preenche o vão do meu corpo
ao sugerir outras lidas,
ao sugerir outras lidas,
só para desentristecer
no cabimento da cela
que não segrega o amor
traçado em detrimento
do meu coração de tintas.
traçado em detrimento
do meu coração de tintas.
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