"Este foi um homem feliz. / Trabalhou em silêncio, / sua ração cotidiana / de humildes aleg(o)rias // Nunca o seduziu a glória dos humanos / Nem a eternidade dos deuses. // Fez o que tinha de fazer: / repartiu o seu pão entre os humildes, / defendeu como pôde os ofendidos, / semeou esperanças entre os justos, / e partiu, como tinha de partir / feliz com sua vida e sua morte."
O poema "Epitáfio", escrito em 1994 por Deífilo Gurgel, 85. comprova que o próprio poeta, escritor, pesquisador, professor e folclorista tinha a certeza do dever cumprido há quase duas décadas. E isso, de certa forma, conforta.
Falecido às 11h50 desta segunda-feira (6), após 16 dias internado na UTI do hospital PAPI, em decorrência à falência múltipla de órgãos, Deífilo foi velado e sepultado ontem no Cemitério Morada da Paz, em Emaús. Último elo legítimo entre passado, presente e futuro, o folclorista cumpriu a missão de registrar para a posteridade capítulos importantes de uma tradição intimamente ligada à formação da identidade cultural do povo potiguar. Seu trabalho está impregnado de uma insubstituível sabedoria oral. Deífilo deixa a esposa Zoraide de Oliveira Gurgel, 9 filhos, 17 netos e 6 bisnetos. Ficam também, em caráter inédito, as obras "O Romanceiro Potiguar", (finalizado, mas sem data de lançamento pela Fundação José Augusto , "No reino de Baltazar" e "O Diabo a quatro".
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